Unique Opportunity: Neurosurgeon.org Domain Now Available for Purchase
Welcome to Neurosurgeon.org, a premium domain now available for acquisition. This rare opportunity is particularly suited for professionals, organizations, and businesses within the field of neurosurgery and related medical specialties.
Why Neurosurgeon.org?
Neurosurgeon.org is a prestigious and authoritative domain that offers unparalleled credibility in the neurosurgery field, enhanced SEO potential, and versatile usage for a global audience in a specialized medical niche.
Credibility and Authority:
The domain name Neurosurgeon.org instantly establishes credibility and authority in the highly specialized field of neurosurgery. It’s a name that resonates with professional expertise and trust.
Memorable and Impactful:
An easy-to-remember domain that stands out, ensuring a strong online presence. It’s not just a domain, it’s a statement of expertise and prestige in the medical community.
SEO Advantages:
With relevant keywords built into the domain name, it’s poised for effective search engine optimization (SEO), making it easier for potential patients and partners to find your services online.
Versatile Usage:
Ideal for a variety of purposes such as a professional portfolio, an informational resource, a platform for a medical practice, a community forum, or an online hub for neurosurgical advancements.
Exclusive Niche Market Appeal:
Neurosurgeon.org targets a specific, high-value audience, making it an exceptional choice for reaching a niche market in the medical field. Its exclusivity is a key advantage for specialists seeking to connect with a focused demographic, including potential patients, medical students, and peer professionals.
Global Reach and Recognition:
The .org extension is recognized and respected worldwide, carrying an international appeal. This global recognition makes Neurosurgeon.org an ideal platform for international collaborations, conferences, and expanding your reach beyond local or national boundaries, appealing to a global audience interested in neurosurgery and related medical fields.
Who Should Consider This Domain?
Our comprehensive suite of professional services caters to a diverse clientele, ranging from homeowners to commercial developers.
Medical Practitioners and Neurosurgeons:
- Establish or expand your online presence with a domain name that speaks directly to your expertise.
Healthcare Institutions:
- Perfect for hospitals, clinics, and medical centers specializing in neurosurgery and brain health.
Educational and Research Organizations:
- A valuable asset for institutions focusing on neurosurgical education, research, and advancements.
Healthcare Marketing Agencies:
- A domain that can be developed into a resourceful site for attracting the right audience in the medical field.
“Unlock the potential of a specialized digital frontier with Neurosurgeon.org, your gateway to leading-edge neurosurgical expertise and global community engagement.”
Annie Steiner
CEO, Neuroprint
Watch, Read, Listen
No posts were found.
Invest in Your Online Presence
Owning Neurosurgeon.org is more than just owning a piece of digital real estate; it’s an investment in your professional identity and online presence in the world of neurosurgery. This domain offers the potential for growth, brand development, and establishing a significant footprint in the digital healthcare landscape.
Contact Us for Details
Interested in acquiring Neurosurgeon.org? Contact us for more information on pricing and the transfer process. Don’t miss out on the chance to own this exclusive domain. Reach out today and take the first step in elevating your online presence in the neurosurgical field.
Vascular.pro – Cirurgião Vascular em São Paulo Cirurgião Vascular em São Paulo
-
Como Prevenir a Esteatose Hepática e Melhorar a Circulação Sanguínea
by Dr. Alexandre Amato on agosto 27, 2024 at 10:14 amA esteatose hepática, mais conhecida como gordura no fígado, é uma condição silenciosa que afeta milhões de pessoas no Brasil e ao redor do mundo. Embora seja frequentemente assintomática nos estágios iniciais, pode levar a sérios problemas de saúde se não for tratada adequadamente. Além disso, sua presença está fortemente associada à síndrome metabólica, um conjunto de condições que aumentam o risco de doenças cardíacas, derrames e diabetes tipo 2. Vamos explorar como a gordura no fígado afeta o corpo e como você pode preveni-la para melhorar sua saúde geral e a circulação sanguínea.
Table of contentsO Que é a Esteatose Hepática?Como a Esteatose Hepática Afeta a Circulação Sanguínea?A Relação entre a Gordura no Fígado e a Saúde CardiovascularPrevenção e Tratamento da Gordura no FígadoDiagnóstico PrecoceConclusão
Conjunto fitness de 15 peças
Vitafor – Ômega 3 EPA DHA – 120 Cápsulas
R$ 106,98
R$ 109,20
–
–
Conjunto fitness de 15 peças
R$ 106,98
–
Vitafor – Ômega 3 EPA DHA – 120 Cápsulas
R$ 109,20
–
Resumo
O vídeo aborda a importância de prevenir a gordura no fígado (esteatose hepática) para manter a saúde geral e melhorar a circulação sanguínea. A gordura no fígado, frequentemente causada por uma dieta rica em açúcares e gorduras saturadas, falta de exercício e estresse crônico, pode evoluir para complicações graves, como cirrose e hipertensão portal, caso não seja tratada. O vídeo destaca a necessidade de adotar hábitos saudáveis, como exercícios regulares e uma dieta equilibrada, para prevenir e tratar essa condição. Também são discutidos exames essenciais para o diagnóstico precoce e a importância do controle do estresse.Transcrição
Já sentiu algum mal estar no fígado? Sabe a importância disso? Você sabia que prevenir a gordura no fígado é crucial para a sua saúde geral e pode melhorar significativamente sua circulação sanguínea? Vamos entender o porquê. A gordura no fígado ou esteatose hepática é uma condição silenciosa que afeta milhões de pessoas, inclusive aqui no Brasil. Ela geralmente surge devido a uma dieta rica em açúcares e gorduras saturadas, falta de exercício físico e estresse crônico. Está relacionada com a síndrome metabólica, que só vem crescendo no mundo e é por isso que você tem que saber como prevenir. Se não tratada, essa condição pode evoluir para problemas graves, como esteatoepatite ou cirrose hepática. E as cicatrizes causadas por essa complicação dificultam a passagem do sangue pelo fígado, aumentando a pressão nessas veias do abdômen, que pode levar ao que a gente chama de hipertensão portal. Isso pode levar à formação de varizes esofágicas, que são extremamente perigosas. A boa notícia é que você pode prevenir tudo isso adotando alguns hábitos fáceis que vão reduzir a gordura no fígado e melhorar a circulação sanguínea, protegendo a sua saúde de complicações graves. Você sabe o que é a gordura no fígado? Ela também é chamada de esteatose hepática. Muita gente tem e não sente nada e pode ser extremamente perigosa. A gordura no fígado ocorre quando o órgão está transbordando de inflamação ou tem tanta gordura que o corpo não tem mais onde armazenar. É como se o fígado estivesse sobrecarregado, sem conseguir lidar mais com o excesso. A gordura no fígado pode parecer inofensiva no início, mas se não for tratada, pode levar a complicações muito sérias. Uma dessas complicações é a cirrose, que ocorre quando o fígado fica tão inflamado que forma essas cicatrizes, dificultando a sua função. Quem tem cirrose geralmente tem uma circulação sanguínea acelerada, o que significa que o coração bombeia mais sangue e tem uma resistência nos vasos sanguíneos no corpo que é menor. Essa dilatação das artérias, tanto no abdômen quanto no resto do corpo, é um fator importante nesse estado de circulação acelerada, geralmente causada por substâncias que afetam os vasos sanguíneos, como o óxido nítrico. E tudo isso pode levar a falência de múltiplos órgãos. A relação entre a gordura no fígado e a circulação é muito complexa. Essas cicatrizes podem causar hipertensão portal, uma condição em que a pressão nas veias que levam sangue para o fígado aumenta. Isso força o sangue a buscar outras vias, como as veias do esôfago, e aí acaba formando as varizes esofágicas. Pense nas veias que levam o sangue para o abdômen, para o fígado, como canos de água. Se esses canos estão bloqueados pela gordura, cicatrizes, a pressão vai aumentar. Essas varizes podem se romper e causar sangramentos gravíssimos, que é uma emergência médica. Apesar de eu ser cirurgião vascular, essa é a única varizes que não é urgência do cirurgião vascular, é do gastro. Mas o sangramento digestivo é muito grave, podendo levar à morte. Os primeiros sintomas visíveis são vômitos com sangue, semelhantes à borra de café, e fezes enegrecidas, ou melhor, pretas mesmo. As principais causas de varizes esofágicas são hepatite C, hepatite B, o consumo exagerado do álcool e a esteatose hepática. Entender essa progressão é crucial para tomar medidas preventivas e proteger a sua saúde. Vamos explorar juntos como prevenir essas complicações graves e manter o seu fígado saudável. A inflamação contínua no fígado pode danificar os vasos sanguíneos, prejudicando ainda mais a circulação. Além disso, a gordura no fígado está frequentemente associada à resistência à insulina e à síndrome metabólica. Isso também aumenta o risco de aterosclerose, onde as artérias ficam bloqueadas por placas, reduzindo também o fluxo sanguíneo. O fígado é essencial para o metabolismo e para a detoxificação. Quando está sobrecarregado com gordura, ele não consegue realizar essas suas funções adequadamente, afetando a qualidade do sangue que circula no corpo. A gordura no fígado também pode desregular os hormônios sexuais e aumentar o cortisol, impactando na pressão arterial e, consequentemente, de novo na saúde cardiovascular. Para prevenir esses problemas, é crucial adotar os hábitos que eu vou te ensinar aqui. Vamos juntos aprender a proteger o nosso fígado e melhorar a nossa saúde geral. Mas, antes de saber como tratar, é preciso saber diagnosticar. Então, quem tem o problema? Quem tem que prevenir? Detectar a gordura no fígado cedo é importantíssimo para evitar problemas graves. Os exames de imagem, como ultrassom, tomografia, ressonância magnética, são ferramentas essenciais para identificar a presença da gordura no fígado. Eles fornecem imagens detalhadas que ajudam os médicos a avaliar a condição desse órgão. Além disso, tem exames de sangue, como TGO e TGP, que vão medir as enzimas hepáticas, que podem indicar a inflamação ou outro tipo de dano. Outra ferramenta importante é o FibroScan, que mede a elasticidade do fígado e estima a quantidade de gordura e fibrose, oferecendo uma alternativa mais segura à biópsia. A avaliação precoce permite que você tome medidas para evitar que essa condição se agrave. Então, manter o estilo de vida saudável e seguir as minhas dicas aqui é essencial. Se você quer continuar recebendo dicas valiosas para transformar sua saúde, não se esqueça de se inscrever no canal. Afinal, cuidar da sua saúde nunca foi tão fácil e tão divertido. Clique no botão de inscrição lá embaixo e venha fazer parte da nossa comunidade de bem-estar. Seu fígado vai agradecer. Então, vamos para as dicas. Primeiro, incorpore exercícios físicos regulares na sua rotina. Estudos mostram que 150 minutos de atividade física por semana podem fazer uma grande diferença na saúde do seu fígado e da sua circulação. Adotar uma dieta balanceada também é crucial. Evite alimentos ricos em açúcares, gorduras saturadas e ultraprocessados principalmente. Prefira opções saudáveis como chá verde, carboidratos integrais, abacate, frutas cítricas, nozes, castanhas, vegetais crucíferos, as carnes, tanto as brancas quanto as vermelhas. Esses alimentos ajudam a reduzir a gordura no fígado e melhoram a saúde geral. Controlar doenças associadas como diabetes, colesterol alto e hipertensão é igualmente importante. Além disso, controle seu estresse diário com técnicas de relaxamento como meditação, exercícios para respiração. Com essas mudanças simples, você pode prevenir e tratar a gordura no fígado, promovendo uma vida mais saudável e equilibrada. Agora que você aprendeu como cuidar da gordura do seu fígado, é hora de dar o próximo passo. Sabia que a gordura no fígado está frequentemente ligada ao excesso de gordura visceral? Para você realmente resolver esse problema, você precisa entender como tratar essa gordura também. Vou colocar o próximo vídeo para você assistir que eu explico exatamente como eliminar essa gordura teimosa. Vou compartilhar estratégias que você ainda não ouviu falar e que podem transformar a saúde de uma vez por todas.O Que é a Esteatose Hepática?
A esteatose hepática ocorre quando há um acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado. Esse excesso de gordura pode ser causado por uma dieta rica em açúcares, gorduras saturadas, falta de atividade física e estresse crônico. Em muitos casos, o fígado não consegue processar adequadamente essa gordura, levando à sua acumulação. Com o tempo, esse acúmulo pode causar inflamação e cicatrização do tecido hepático, uma condição conhecida como esteato-hepatite, que pode evoluir para cirrose hepática.
Como a Esteatose Hepática Afeta a Circulação Sanguínea?
Quando o fígado está sobrecarregado com gordura, sua capacidade de filtrar toxinas e metabolizar nutrientes é comprometida. Além disso, a inflamação crônica resultante desse acúmulo de gordura pode causar cicatrizes no fígado, um processo conhecido como fibrose. Essas cicatrizes tornam o fígado menos eficiente e podem aumentar a pressão nas veias que levam sangue ao órgão, uma condição chamada hipertensão portal. Essa pressão elevada pode levar ao desenvolvimento de varizes esofágicas, que são veias dilatadas e frágeis no esôfago que podem se romper e causar sangramentos graves.
A Relação entre a Gordura no Fígado e a Saúde Cardiovascular
A gordura no fígado também está associada à resistência à insulina, o que pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 e contribuir para a aterosclerose — o acúmulo de placas nas artérias. Essas placas reduzem o fluxo sanguíneo, aumentando o risco de ataques cardíacos e derrames. Além disso, a disfunção hepática pode afetar a produção de hormônios que regulam a pressão arterial, como o cortisol, agravando ainda mais a saúde cardiovascular.
Prevenção e Tratamento da Gordura no Fígado
Felizmente, há várias medidas que você pode adotar para prevenir a esteatose hepática e suas complicações. Aqui estão algumas dicas essenciais:
Mantenha uma Dieta Balanceada: Evite alimentos ricos em açúcares refinados, gorduras saturadas e produtos ultraprocessados. Prefira alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, grãos integrais e legumes. Alimentos como chá verde, nozes, castanhas, e vegetais crucíferos são especialmente benéficos para a saúde do fígado.
Pratique Atividade Física Regular: A atividade física ajuda a reduzir a gordura corporal, incluindo a gordura visceral e a do fígado. Tente realizar pelo menos 150 minutos de exercícios moderados por semana.
Controle Doenças Associadas: Se você tem diabetes, hipertensão ou colesterol alto, é crucial manter essas condições sob controle para evitar que contribuam para o acúmulo de gordura no fígado.
Gerencie o Estresse: Técnicas de relaxamento como meditação e exercícios de respiração podem ajudar a reduzir os níveis de estresse, que é um fator contribuidor para a esteatose hepática.
Evite o Consumo Excessivo de Álcool: O álcool é uma das principais causas de gordura no fígado. Limitar ou evitar completamente o consumo de bebidas alcoólicas é essencial para proteger a saúde hepática.
Diagnóstico Precoce
Detectar a esteatose hepática precocemente é fundamental para evitar complicações graves. Exames de imagem, como ultrassom e ressonância magnética, são ferramentas essenciais para identificar a presença de gordura no fígado. Além disso, exames de sangue que medem enzimas hepáticas podem indicar inflamação ou dano hepático.
Conclusão
A prevenção da esteatose hepática não apenas protege seu fígado, mas também melhora significativamente a circulação sanguínea e a saúde cardiovascular. Adotar um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, atividade física regular e controle de doenças associadas, é a melhor estratégia para prevenir a gordura no fígado e suas complicações. Cuidar do seu fígado é um passo crucial para garantir uma vida longa e saudável.
O post Como Prevenir a Esteatose Hepática e Melhorar a Circulação Sanguínea apareceu primeiro em Vascular.pro. -
O Gene COMT e Sua Relação com a Personalidade
by Dr. Alexandre Amato on agosto 13, 2024 at 6:55 pmO gene COMT (Catecol-O-metiltransferase) é crucial na regulação da dopamina no cérebro, desempenhando um papel significativo na função cognitiva e na resposta emocional. Ele codifica uma enzima que degrada neurotransmissores, como dopamina, noradrenalina e adrenalina, particularmente na região pré-frontal do cérebro, onde a dopamina é vital para a função executiva e controle emocional.
Polimorfismos do Gene COMT
Um dos aspectos mais estudados do gene COMT é a variação genética conhecida como Val158Met, onde ocorre uma substituição de valina (Val) por metionina (Met) na posição 158 da proteína. Esta variação resulta em duas formas distintas da enzima COMT:
COMT-Val: Possui maior atividade enzimática, resultando em níveis mais baixos de dopamina na região pré-frontal.
COMT-Met: Tem menor atividade enzimática, levando a níveis mais altos de dopamina.
Essa diferença na atividade enzimática tem implicações profundas sobre como os indivíduos processam informações e reagem emocionalmente.
“Guerreiros” vs. “Preocupados”: A Influência na Personalidade
Os indivíduos com o alelo Val158 são frequentemente descritos como “guerreiros”, pois tendem a se sair melhor em situações de alta pressão e estresse, graças à sua capacidade de processar rapidamente informações aversivas e de reagir de forma eficaz sob estresse. Isso pode ser uma vantagem em ambientes que requerem reações rápidas e precisas, como situações de perigo.
Por outro lado, os portadores do alelo Met158 são considerados “preocupados”, pois têm melhor desempenho em tarefas que envolvem memória e atenção, devido aos níveis mais altos de dopamina na região pré-frontal. No entanto, essa mesma característica pode torná-los mais suscetíveis a ansiedade e maior sensibilidade ao estresse, uma vez que altos níveis de dopamina podem sobrecarregar o circuito de controle emocional, resultando em respostas exageradas a estímulos aversivos.
Implicações Clínicas
A variabilidade genética do COMT não só influencia a personalidade e o comportamento, mas também está associada a diferentes vulnerabilidades psiquiátricas. Por exemplo, o alelo Val158 tem sido associado a um risco aumentado de esquizofrenia, enquanto o alelo Met158 pode estar relacionado a um risco maior de desenvolver transtornos de ansiedade.
Essas descobertas sugerem que o gene COMT pode ser um importante fator na personalização de tratamentos psiquiátricos, influenciando a resposta a medicamentos que modulam os níveis de dopamina no cérebro. Estudos preliminares indicam que inibidores da COMT podem melhorar a cognição em portadores do alelo Val158, mas piorar a função cognitiva em portadores do alelo Met158 .
O post O Gene COMT e Sua Relação com a Personalidade apareceu primeiro em Vascular.pro. -
Entendendo a Vermelhidão nas Pernas: Causas, Tratamentos e Quando Procurar Ajuda Médica
by Dr. Alexandre Amato on agosto 13, 2024 at 1:07 pmA vermelhidão nas pernas pode ser um sinal de alerta para diversas condições de saúde, desde irritações simples até problemas mais graves. Compreender as possíveis causas é fundamental para lidar com essa situação de forma adequada. Neste artigo, abordaremos algumas das causas comuns e quando é essencial buscar ajuda médica.
Table of contentsCausas Comuns de Vermelhidão nas PernasQuando Procurar Ajuda Médica?Tratamentos Naturais para Alívio dos SintomasConclusão
Resumo
Este vídeo explica as causas comuns e graves de vermelhidão nas pernas, ensinando como identificar e tratar essas condições. Começa discutindo causas menos graves, como dermatite de contato, dermatite de estase, reações alérgicas, picadas de insetos e queimaduras solares. Em seguida, aborda condições que necessitam de atenção médica imediata, como linfangite, tromboflebite, celulite, TVP e vasculite. O vídeo também oferece dicas de tratamentos naturais para aliviar a vermelhidão e melhorar a circulação, como compressas frias, elevação das pernas e hidratação da pele.Transcrição
Você já notou uma vermelhidão inexplicável nas suas pernas? Saiba que essa irritação pode ser um sinal de algo bem mais sério. Neste vídeo, você vai aprender de uma forma simples a identificar o que pode estar causando esse vermelhão e saber quando é necessário procurar um médico. Eu vou te ensinar a lidar com isso com tratamentos naturais que você pode fazer em casa, mas para ficar seguro, vamos entender juntos os sinais de alerta que você não pode ignorar. Vamos começar falando das causas mais comuns, que na maioria das vezes podem ser tratadas sem a necessidade de uma consulta médica imediata. Primeiro temos a dermatite. Existem dois tipos principais de dermatite que podem causar vermelhidão nas pernas. A dermatite de contato. Essa é uma condição que ocorre quando a pele entra em contato com um irritante ou um alérgeno. Pode ser causada por produtos de limpeza, cosméticos, plantas e até mesmo alguns metais. A pele geralmente vai ficar vermelha, irritada e pode coçar bastante no local de contato. A solução é simples, identificar e evitar o agente causador, além de usar cremes hidratantes e anti-inflamatórios tópicos. E tem a dermatite de estase. Esse tipo de dermatite é comum em pessoas com problemas de circulação nas pernas. Ocorre quando o sangue se acumula nas veias, causando uma inflamação e uma vermelhidão na pele. Embora a dermatite de estase seja uma condição crônica, ela pode ser controlada com o uso de meias de compressão, elevação das pernas e mantendo a pele bem hidratada. Outra causa comum de vermelhidão nas pernas são as reações alérgicas. Elas podem ser causadas por medicamentos, alimentos, picadas de insetos e outros alérgenos. Principalmente se você for uma pessoa mais sensível ou atópica. Se a reação for leve, com apenas uma pequena área de vermelhidão ou inchaço, você pode usar antihistamínicos e cremes tópicos para aliviar os sintomas. No entanto, se a reação for grave, procure um médico imediatamente. As queimaduras solares ou queimaduras químicas leves também podem causar uma vermelhidão na pele. Para queimaduras solares, é importante manter a pele hidratada. Usar aloe vera ou cremes calmantes e evitar mais exposição ao sol até que a pele se recupere. Para queimaduras químicas, lave a área com água abundante e aplique um creme calmante. A lacrainha, também conhecida como piolho de cobra, é um tipo de centopeia que pode liberar uma substância quando ela é esmagada que causa manchas roxas avermelhadas na pele. Embora a aparência dessas manchas pode ser alarmante, elas são temporárias e inofensivas, não causam dano além da coloração. Só tome cuidado onde você está pisando e dê uma olhada dentro da bota. Picadas de insetos são outra causa comum de vermelhidão. Mosquito, formiga e outros insetos podem causar uma área vermelha e inchada na pele. Normalmente, isso pode ser tratado com cremes anti-inflamatórios e anti-histamínicos para aliviar a coceira e o inchaço. Se a reação for mais intensa ou se houver sinais de infecção, procure um médico. Eczema é uma condição crônica que causa pele seca, vermelha e pruriginosa. Manter a pele bem hidratada e usar cremes prescritos pelo dermatologista pode ajudar a controlar os sintomas. Finalmente, temos a miliária, também conhecida como brotoeja. Ocorre quando as glândulas sudoríparas ficam bloqueadas e o suor fica preso sob a pele. Esta condição ocorre devido ao calor excessivo e ao suor e resulta em uma erupção vermelha e pruriginosa. A solução é simples, mantenha a pele fresca e seca, use roupas leves e aplique loções calmantes. E não podemos esquecer da dermatografia, também conhecida como escrita na pele. Imagine poder escrever na sua própria pele apenas com um leve arranhão. Parece mágica, né? Mas não é bem assim. Essa condição faz com que a pele fique vermelha e inchada com qualquer toque ou arranhão, parecendo uma obra de arte moderna meio dolorida. Embora possa parecer assustador, a dermatografia é inofensiva e, na maioria das vezes, não requer tratamento. Apenas lembre-se de ser gentil com a sua pele. Essas são algumas das causas que causam vermelhidão na perna que geralmente não precisa de uma consulta médica imediata. Entretanto, se os sintomas persistirem ou se agravarem, é óbvio que é sempre importante buscar a orientação de um profissional de saúde. Agora, se não é nada disso, no próximo segmento, vamos falar sobre as causas de vermelhidão na perna que necessitam de atenção médica. Continue assistindo para se informar melhor. E claro, não se esqueça de se inscrever no canal. Assim você não perde nenhum conteúdo importante e, de quebra, ajuda o nosso canal a crescer. Afinal, saúde nunca é demais e informação é sempre bem-vinda. Aperte o botão de inscrever-se e vamos juntos nessa jornada de conhecimento. Até agora, discutimos as causas mais leves de vermelhidão nas pernas que podem ser tratadas em casa. Agora vamos falar sobre aquelas condições mais graves que requerem atenção médica imediata. Essas causas podem ser sinais de problemas mais sérios que precisam de avaliação profissional. Vamos começar com a linfangite. Essa é uma infecção dos vasos linfáticos, geralmente causada por bactérias que entram na pele através de uma ferida, um corte ou uma micose. A linfangite pode causar vermelhidão e listras vermelhas que se espalham rapidamente, acompanhadas de febre e mal-estar. Se você notar esses sintomas, procure um médico imediatamente. Em seguida temos a tromboflebite. Essa condição ocorre quando há inflamação de uma veia superficial, geralmente devido a um coágulo sanguíneo. A área fica vermelha, quente, dolorosa, tem um cordão endurecido e vermelhão. É importante buscar ajuda médica para evitar complicações como a formação de coágulos maiores ou mesmo a trombose venosa profunda. As infecções bacterianas como celulite e erisipelas são outras causas graves de vermelhidão. Essas infecções causam áreas vermelhas, quentes e doloridas na pele e podem se espalhar rapidamente. A celulite infecciosa é uma infecção profunda da pele que pode causar febre e mal-estar geral. Se você suspeitar de uma infecção, consulte um médico imediatamente para tratamento com antibiótico. A insuficiência venosa crônica é uma condição em que as veias da perna não conseguem bombear o sangue de volta ao coração de forma eficaz, levando ao acúmulo de sangue. Isso pode causar vermelhidão, inchaço e dor. É importante tratar essa condição para evitar complicações mais graves, como as úlceras venosas. A trombose venosa profunda, ou a famigerada TVP, é uma condição grave onde um coágulo sanguíneo que se forma nas veias profundas da perna. Isso pode causar vermelhidão, inchaço e dor intensa. A TVP pode ser fatal se o coágulo soltar, se deslocar e viajar até os pulmões, causando uma embolia pulmonar. Se você suspeitar de TVP, procure ajuda médica imediatamente. Agora, a vasculite é a inflamação dos vasos sanguíneos, que pode causar manchas vermelhas ou roxas na pele. Essa condição pode ser um sinal de uma doença autoimune subjacente e necessita de avaliação e tratamento médico para evitar complicações. Elas são difíceis de diagnosticar. Não menospreze a necessidade de um bom médico. As reações a drogas também podem causar vermelhidão intensa na pele. Se você perceber um vermelhão após iniciar um novo medicamento, interrompa o uso e consulte o médico para avaliação. Finalmente, temos os problemas autoimunes, como a psoríase e lúpus, que podem causar placas vermelhas e escamosas na pele. Essas condições são crônicas e requerem tratamento contínuo e acompanhamento médico. Essas causas de vermelhidão nas pernas são bem mais graves e necessitam de avaliação médica para garantir um diagnóstico preciso e tratamento adequado. Não ignore os sinais e sintomas graves. A saúde das suas pernas é crucial para o seu bem-estar geral. Mas existem algumas dicas de tratamento natural que podem ajudar a aliviar os sintomas e o vermelhão na perna, independente da causa. A primeira são as compressas frias, que podem ajudar a reduzir a dor e aliviar a vermelhidão e o desconforto, causando uma vasoconstrição e diminuindo o inchaço. Como fazer? Basta seguir estes passos. Enrole um saco de gelo ou um pacote de ervilhas congeladas em uma toalha fina. Aplique essa compressa fria na área afetada por 15 a 20 minutos. Repita esse processo várias vezes ao dia, conforme necessário. A segunda dica é a posição de Trendelemburg. Já falei sobre ela antes, mas basicamente a dica é elevar as pernas. Isso ajuda a melhorar o retorno venoso e a circulação, reduzindo o inchaço, o que pode ser especialmente útil para quem sofre de insuficiência venosa ou está com as pernas inchadas e vermelhas. Deite-se confortavelmente e leve as pernas acima do nível do coração. Você pode usar travesseiros para apoiar as pernas e ficar mais fácil, mas tente manter a perna elevada por 15 a 20 minutos, algumas vezes ao dia. E não podemos esquecer também da hidratação da pele. Manter a pele bem hidratada é crucial para prevenir irritações e melhorar a barreira cutânea. Uma dica natural é usar os óleos naturais, como o óleo de coco ou até mesmo azeite de oliva são excelentes hidratantes. Basta aplicar uma pequena quantidade na pele após o banho, quando a pele ainda está úmida para ajudar a selar a hidratação, e essas práticas simples podem trazer um alívio significativo e são fáceis de aplicar no seu dia a dia. Mas lembre-se que se os sintomas persistirem ou se agravarem, é fundamental procurar a orientação de um médico. Então, elevar as pernas pode ajudar a melhorar o retorno venoso, mas existe uma forma ainda melhor de estimular o coração periférico a melhorar a circulação, que é o exercício físico, e muitas pessoas não sabem quais são os exercícios mais eficazes para melhorar a circulação nas pernas. Mas não se preocupe, eu tenho a solução. Eu vou colocar um vídeo aqui pra você onde eu mostro os exercícios práticos que qualquer pessoa pode fazer em casa para melhorar a circulação das pernas. Então não perca!Causas Comuns de Vermelhidão nas Pernas
Dermatite de Contato: Este tipo de dermatite ocorre quando a pele entra em contato com um irritante ou alérgeno, como produtos de limpeza, cosméticos, plantas ou até metais. A dermatite de contato se manifesta com vermelhidão, coceira intensa e irritação na área afetada. O tratamento básico envolve identificar e evitar o agente causador, além de usar cremes hidratantes e anti-inflamatórios tópicos para aliviar os sintomas.
Dermatografia: Também conhecida como “escrita na pele”, essa condição faz com que a pele fique vermelha e inchada com qualquer arranhão ou pressão. Embora possa parecer preocupante, a dermatografia é inofensiva e geralmente não requer tratamento.
Dermatite de Estase: Comum em pessoas com problemas de circulação nas pernas, essa condição ocorre quando o sangue se acumula nas veias, provocando inflamação e vermelhidão na pele. A dermatite de estase é crônica, mas pode ser controlada com o uso de meias de compressão, elevação das pernas e hidratação constante da pele.
Reações Alérgicas: Picadas de insetos, alimentos, medicamentos e outros alérgenos podem desencadear reações alérgicas, resultando em vermelhidão nas pernas. Reações leves podem ser tratadas com antihistamínicos e cremes tópicos. Contudo, reações graves exigem atenção médica imediata.
Queimaduras Solares e Químicas: A exposição excessiva ao sol ou o contato com substâncias químicas pode causar queimaduras leves, que se manifestam como vermelhidão na pele. Para queimaduras solares, a recomendação é hidratar a pele com produtos calmantes, como aloe vera, e evitar mais exposição ao sol. Já as queimaduras químicas devem ser tratadas com lavagem abundante da área afetada e aplicação de cremes calmantes.
Picadas de Insetos: Picadas de mosquitos, formigas e outros insetos podem provocar áreas vermelhas e inchadas nas pernas. Esses sintomas geralmente podem ser aliviados com cremes anti-inflamatórios e anti-histamínicos. No entanto, se houver sinais de infecção, como pus ou aumento do inchaço, é importante consultar um médico.
Eczema: Trata-se de uma condição crônica que causa pele seca, vermelha e coceira. Manter a pele bem hidratada e usar cremes específicos prescritos por um dermatologista pode ajudar a controlar os sintomas do eczema.
Miliária (Brotoeja): Ocorre quando as glândulas sudoríparas ficam bloqueadas, resultando em uma erupção cutânea vermelha e pruriginosa. Esta condição é comum em climas quentes e úmidos. A solução é manter a pele fresca e seca, usar roupas leves e aplicar loções calmantes.
Quando Procurar Ajuda Médica?
Embora muitas das causas de vermelhidão nas pernas possam ser tratadas em casa, é crucial saber quando procurar ajuda médica. Certas condições, como infecções bacterianas graves (como a linfangite, celulite ou erisipela), tromboflebite e trombose venosa profunda (TVP), exigem atenção médica imediata. Essas condições são caracterizadas por sintomas como febre, mal-estar geral, dor intensa e a presença de linhas vermelhas na pele que se espalham rapidamente.
A linfangite, por exemplo, é uma infecção dos vasos linfáticos que pode se manifestar com vermelhidão intensa e listras vermelhas, além de sintomas sistêmicos. A TVP, uma condição potencialmente fatal, ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma nas veias profundas da perna, causando dor intensa, inchaço e vermelhidão. Se houver suspeita de TVP, procurar ajuda médica imediatamente é vital.
Tratamentos Naturais para Alívio dos Sintomas
Para aliviar a vermelhidão e o desconforto, algumas práticas naturais podem ser úteis:
Compressas Frias: Aplicar uma compressa fria na área afetada pode ajudar a reduzir a inflamação e a dor. Basta envolver gelo em uma toalha fina e aplicar na pele por 15 a 20 minutos várias vezes ao dia.
Elevação das Pernas: Elevar as pernas acima do nível do coração ajuda a melhorar a circulação e reduzir o inchaço, especialmente útil para quem sofre de insuficiência venosa.
Hidratação da Pele: Manter a pele bem hidratada é essencial. Óleos naturais, como óleo de coco ou azeite de oliva, aplicados após o banho, podem ajudar a selar a hidratação e prevenir irritações.
Conclusão
A vermelhidão nas pernas pode ter diversas causas, desde irritações leves até condições graves que exigem atenção médica. É importante estar atento aos sinais de alerta e procurar um profissional de saúde quando necessário. Enquanto isso, tratamentos caseiros simples podem oferecer alívio e prevenir complicações. Cuidar da saúde das pernas é fundamental para o bem-estar geral.
O post Entendendo a Vermelhidão nas Pernas: Causas, Tratamentos e Quando Procurar Ajuda Médica apareceu primeiro em Vascular.pro. -
Conscientização da Saúde Vascular
by Dr. Alexandre Amato on agosto 7, 2024 at 12:46 pmA saúde vascular é fundamental para a qualidade de vida, sendo responsável pela circulação sanguínea adequada através das veias e artérias. Este artigo aborda a importância de conscientizar-se sobre as doenças vasculares e suas prevenções, com insights do Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular.
Table of contentsPrincipais Doenças VascularesFatores de Risco e PrevençãoSinais de AlertaConclusão
Resumo
Neste episódio do AmatoCast, Letícia Miyamoto entrevista o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular, sobre a importância da saúde vascular, especialmente durante o mês de conscientização da saúde vascular. Eles discutem os principais problemas vasculares, como má circulação, tromboembolismo venoso, dissecção de aorta e aneurismas, além de sinais de alerta e formas de prevenção. O Dr. Amato também aborda a importância de um estilo de vida saudável, incluindo a hidratação, exercício físico e hábitos alimentares adequados, para manter a saúde vascular em dia. Além disso, destaca a necessidade de consultas regulares com especialistas para prevenir problemas graves, como amputações e óbitos.Transcrição
[Speaker 2]🎵 MÚSICA DE SUSPENSE 🎵 🎵 MÚSICA DE SUSPENSE 🎵 Olá, meu nome é Letícia Miyamoto, está no ar mais um AmatoCast pelo canal do Instituto Amato. Agradeço mais uma vez o carinho da sua audiência e participação aqui conosco para falar sobre tudo o que envolve qualidade de vida. Já adianto também para quem acompanhou o último episódio que tem o cenário novo aqui, né?
Para quem já viu com o doutor Fernando Amato, cirurgião plástico, a gente conversou, desvendamos procedimentos estéticos. Foi um episódio bastante legal, que inclusive com casos que repercutiram na mídia, que ficaram famosos, mais recentes, alguns mais antigos, que já são mais conhecidos. E no episódio anterior a esse, a gente comentou sobre técnicas de rejuvenescimento facial.
Hoje nós estamos aqui com o doutor Alexandre Amato, que é cirurgião vascular. A gente vai conversar, vai tratar sobre tudo o que envolve o mês de conscientização justamente da saúde vascular. Então, principais doenças relacionadas a isso.
Muito assunto interessante que vale a pena conferir. O professor doutor Alexandre Amato é médico e cirurgião vascular e endovascular do Instituto Amato. O especialista é doutor em ciências pela Universidade de São Paulo.
Atualmente faz pesquisa científica em lipedema e é presidente da Associação Brasileira de Lipedema. Além disso, é autor de diversos livros sobre saúde. Bem-vindo mais uma vez, doutor.
[Speaker 1]
Obrigado. Fico honrado em estar aqui novamente.
[Speaker 2]
Agora num cenário novo, né? Com essa presença da última vez.
[Speaker 1]
Pois é, está super legal. Está muito bonito, muito legal mesmo.
[Speaker 2]
A gente falou que fica mais intimista, né? Parece uma conversa mais solta, que é o objetivo do podcast, né? A gente contar de uma maneira mais descontraída, explicar os assuntos.
Então, já vou para aquela parte que o pessoal gosta de saber o que a gente pode dar de spoiler sem revelar muito do que a gente vai conversar aqui sobre a conscientização da saúde vascular.
[Speaker 1]
Com a conscientização da saúde vascular, eu acho que a gente poderia falar que o assunto vai ser má circulação, né? A dúvida de todo mundo é a má circulação. Acho que esse é o assunto do mês.
[Speaker 2]
E é importante também a gente citar essas principais doenças, como que as pessoas têm esses alertas, né? Porque muitas pessoas acham que só com a idade que pode ter algum tipo de problema. E isso é um mito, né?
A gente até falou aqui que pode chegar até mais cedo.
[Speaker 1]
Pode, chega mais cedo, é super frequente. Então, vamos falar os sinais de alerta, o que as pessoas têm que ficar atentas para evitar os problemas da má circulação e o que pode ser feito para evitar também.
[Speaker 2]
Evitar, prevenir, né?
[Speaker 1]
Uma coisa interessante, o mês da conscientização é o mês azul e vermelho. Azul e vermelho por quê? Azul são as veias, vermelho são as artérias.
[Speaker 2]
Eu ia perguntar justamente isso, por que que recebeu esse nome?
[Speaker 1]
Pois é, eu acho que tá errado, porque tinha que ter o amarelo ou verde também, que seriam os linfáticos também. São os vasos do terceiro sistema aí que todo mundo esquece que existe. Mas as veias, elas são responsáveis por trazer o sangue de volta para o coração.
E as artérias são responsáveis por levar o sangue para a periferia. Então, o sangue só chega na pontinha do nosso dedo por causa das artérias, as arteríolas. Aí vai afinando cada vez mais essas arterinhas até virar um negócio chamado arteríolas, capilares.
Aí depois vem as vênulas e depois volta pelas veias. Então faz o ciclo completo.
[Speaker 2]
Ah, legal, interessante, porque não é muito conhecido, né? O nome azul e vermelho, eu acho que não pegou a cor, as cores que eles usam. Porque tem mês, por exemplo, o amarelo, o azul que já é mais conhecido.
Mas esse daqui que ficou conhecido foi pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, né? Que deu esse…
[Speaker 1]
Isso, as pessoas veem isso e falam assim, ah, tem alguma coisa a ver com o americano, né? Que é a bandeira deles, né? Mas não tem nada a ver, é por causa da circulação mesmo.
E o nosso sangue venoso, ele é mais escuro que o sangue arterial. Ele é mais para o roxo do que para o vermelho. Quando a gente fala sangue vivo, é o sangue rico em oxigênio.
Quando o oxigênio se liga ao ferro da hemoglobina, ele fica vermelhão. E aí o sangue vai para a periferia, os nossos tecidos usam esse oxigênio. Aí é trocado por gás carbônico.
E aí quando é trocado por gás carbônico, ele fica mais escuro. Então ele volta numa tonalidade diferente. O sangue arterial, então, ele é mais colorido, ele é mais vermelhão.
[Speaker 2]
Ah, isso é legal, porque quando a gente tira o exame de sangue, a cor sai diferente, como por exemplo, quando é um acidente de carro, né? Alguma coisa assim. Sim.
Essa é a curiosidade das pessoas em relação à cor do sangue, né?
[Speaker 1]
Sim. Não tem nada a ver também com o sangue real, né? Tem sangue azul, né?
Só se pegar na veia vai ser um pouquinho mais… Todo mundo vai chegar perto. Todo mundo tem o sangue real aí.
[Speaker 2]
De uma forma ou de outra, tem um pouco. Doutor, a gente conversou também no outro episódio sobre lipedema, pra quem quer acompanhar esse assunto. A gente fez dois episódios especiais também no mês de conscientização.
Então, é importante só citar aqui que tem um livro, né, seu? Que fala bastante sobre isso. E você tem na abertura aqui, disse que você é autor de livro.
Então, legal a gente…
[Speaker 1]
O livro é A Beleza do Lipedema. Eu considero a minha obra a prima. Realmente, eu estou tentando mudar a visão de todo mundo sobre essa doença ou condição, como você quiser chamar.
Então, eu fiz um livro pra todo mundo. Não é pra médico. É pra médico também, se quiser aprender um pouquinho mais.
Mas é pro público em geral. Pra quem quer se aprofundar no assunto.
[Speaker 2]
Legal. E já tem alguma expectativa de também fazer alguma obra? Algum livro relacionado à saúde vascular?
Mais para esse lado também? Já tinha algum outro projeto?
[Speaker 1]
Eu escrevi um de propedêutica vascular. Recente. Só que assim, é pra médico.
E é um nicho tão pequenininho que não é um assunto muito procurado.
[Speaker 2]
De uma forma ou de outra, o Lipedema também faz parte dessa parte de saúde vascular. Mas de uma forma mais, o que eu quis dizer, geral. De falar sobre todas as doenças.
[Speaker 1]
Isso já tem algum objetivo aí? Eu tô pensando ainda, qual vai ser o próximo assunto. É difícil, sabe?
A gente tem que ir anotando várias ideias. Pra ver até aquela que captura a nossa atenção.
[Speaker 2]
Quem sabe sair hoje com uma ideia mais específica.
[Speaker 1]
Quem sabe. E pronto, mais seis meses sem dormir.
[Speaker 2]
Ai, meu Deus. Olha, eu peguei um dado aqui, que já pode ser um gancho. Sobre essas doenças cardiovasculares de forma geral.
O dado mais recente de 2022, mostrou que vários portais também divulgaram essa pesquisa. Que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Eles fizeram uma comparação com 2021 pra Covid-19.
Quando começou a ter, realmente, do ano inteiro. Porque 2020 começou quando já tava ali em março, se eu não me engano. Então, falou que em 2021, que naquele ano causou 411 mil óbitos.
As enfermidades do coração e do sistema circulatório retomaram a liderança nesse panorama. Então, doutor, por que que isso acaba sendo, tem uma proporção tão grande? Porque envolve muitos aspectos do corpo.
Como que as pessoas conseguem ter esse alerta? Olha, eu preciso ter uma atenção com a minha saúde vascular.
[Speaker 1]
Doença cardíaca, ela é muito mais prevalente do que a doença vascular periférica. Então, quando a gente tá falando de doença vascular, às vezes a gente mistura uma coisa com a outra e tá tudo bem. São as doenças cardiovasculares.
Porque anda junto, não tem como. O coração é a bomba e as artérias e veias são o encanamento. Uma não vai funcionar sem a outra.
Então, quando a gente fala de infarto, que é uma das maiores causas de infarto, AVC, o que que tá acontecendo ali? É uma falha na bomba ou uma falha no encanamento? Às vezes, tá acontecendo as duas coisas juntas.
É difícil separar uma coisa da outra. Agora, eu vou tentar puxar mais pro assunto vascular periférico e não necessariamente só pro coração. Quando eu falo vascular periférico, quer dizer tudo fora o coração.
Quando a gente fala de cérebro, tem as artérias que nutrem o nosso cérebro e as veias que drenam. Então, uma oclusão disso aí pode levar a um derrame, um AVC. Não deixa de ser um infarto do nosso cérebro.
Quando isso acontece nas mãos, nos pés, falta oxigênio nesses tecidos, eles também morrem. Pode trazer um monte de sintomas, como dor, peso, cansaço, gangrena, isquemia, o membro fica frio, com formigamento. Então, os sinais são vários e diferentes dependendo de cada doença e cada sistema atingido.
Uma coisa interessante é, pra gente separar um sistema que tá doente de outro, o sintoma mais comum que a gente pode usar é o inchaço. Porque é muito difícil ter um inchaço de origem arterial. Normalmente, o inchaço vem ou por causa de um problema na veia ou por causa de um problema no linfático.
Então, só tem uma situação em que o problema arterial vai levar a um inchaço, que é quando a pessoa tem tanta obstrução, tanta dor, que ela tem que ficar o tempo todo com a perna pra baixo, pra gravidade ajudar a fazer o sangue percorrer as artérias. E aí, por ficar muito tempo com o pé pra baixo, é um inchaço dependente, dependente da perna pra baixo. Fora isso, se tiver inchaço, ou é um problema venoso, ou é um problema linfático.
[Speaker 2]
Então, é importante diferenciar esse número, não se trata especificamente dessas doenças que a gente vai citar, vasculares. E sim, cardiovasculares envolvem isso do coração junto.
[Speaker 1]
Exato.
[Speaker 2]
Tá, legal, então a gente diferenciar. Agora, quando se trata das doenças vasculares, então, qual que é a top 3 que a gente pode citar das mais importantes, que causam mais mortes?
[Speaker 1]
Ok, a principal delas, sem sombra de dúvida, assim, disparado na frente é o tromboembolismo venoso. Tromboembolismo venoso é quando tem uma trombose venosa na perna, ou em algum outro lugar, mas mais frequentemente na perna. E aí o coágulo se desprende, percorre as veias, vai pro coração, do coração vai pro pulmão, e aí ele entope uma artéria pulmonar.
Ao entupir essa artéria pulmonar, vai ter uma área em que tem uma isquemia, que não chega sangue, e tem ventilação. E isso é gravíssimo, isso leva a óbito, é uma das maiores causas de morte no mundo inteiro. Tem muita, muita gente que morre por tromboembolismo venoso e não sabe que foi por causa disso.
Causa mais morte do que câncer de mama, AIDS somado. São mais de 300 mil mortes por ano nos Estados Unidos, só por embolia pulmonar das contabilizadas. Então, essa é, assim, disparado a primeira.
Agora, outras, uma que vale a pena mencionar é a dissecção de aorta. A dissecção de aorta também tem seu dia de conscientização, é quando ocorre uma delaminação, uma separação das camadas da artéria. E isso pode acabar obstruindo a irrigação de alguns vasos, inclusive do cérebro, levando a óbito muitas vezes.
Então, é uma doença gravíssima a dissecção de aorta e a ruptura de aneurismos. Então, aneurismo, o que é? É quando a artéria começa a crescer, a inchar como se fosse um balão, e aí ela pode explodir, ela rompe.
É a rotura do aneurismo, que é outra situação gravíssima, onde muitas vezes não dá tempo de chegar no hospital. Então, essas são as doenças arteriais graves e que podem levar a óbito, morte súbita vascular.
[Speaker 2]
Doutor, e você falou agora o top 1 da lista, né, que soma mais mortes do que algumas doenças tão conhecidas, como, por exemplo, o câncer de mama, né, que a gente sabe que mata muitas mulheres. Mas, então, por que que tem essa incidência tão grande? Porque está relacionada a uma questão genética ou modo de vida, de forma geral, dessas doenças?
Mas, claro, a gente está falando desse top 3, né, por que tem tanta incidência? É algo que está diretamente ligado ao estilo de vida dessas pessoas?
[Speaker 1]
A trombose, ela está ligada a três pilares principais. Foi descrito por Virchow há muitos anos atrás, que é alteração da crase sanguínea. Eu vou explicar o que é isso.
É estase e lesão endotelial. Alteração da crase sanguínea é alguma mudança nos fatores de coagulação do sangue. Então, a pessoa pode ter mais fatores de coagulação ou pode estar com dificuldade de ficar anticoagulado e aí não tem esse equilíbrio.
Isso pode ser uma questão genética, pode ser uma doença adquirida, pode ser até uma desidratação. A estase é uma coisa que todo mundo pode mudar e pode melhorar. Isso é o fato de ficar parado, sedentário.
Então, quando você está numa viagem de avião por muito tempo ou numa viagem de ônibus parado por muito tempo, aquilo ocorre uma estase. O sangue não circula, fica paradinho porque não tem a contração muscular. Se tiver contração muscular, a gente bombeia o sangue.
E a terceira, que é a lesão endotelial. Então, se tiver algum machucadinho naquela primeira camada de células dentro das veias, isso pode induzir a formação de um coágulo. E como esses três fatores muitas vezes acontecem em outras doenças, em outras situações.
Então, veja, se você está internado num hospital, está acamado, só isso já está te dando a estase. Então, o fato de estar internado já aumenta o risco de uma trombose para todo mundo. Então, muitas vezes tem que tomar medicamento para evitar.
E como pode acontecer por pequenas variações, acaba sendo extremamente frequente. E pode ocorrer como complicação de outras doenças.
[Speaker 2]
E o modo de vida, então, o estilo de vida até a questão da desidratação ou até do sedentarismo. Então, não entra mais nessa parte que até a gente citou. Já tem outros episódios que falam sobre a importância.
Toda vez que a gente está comentando de alguma doença aqui, quando entra na parte de prevenção, todos os especialistas costumam falar a mesma coisa. Que é exercício físico, a hidratação, uma boa alimentação. Então, isso pode ser tão grave no nível de pessoas que não levam isso a sério a longo prazo, de causar uma doença que agora que você citou, que pode levar a óbito.
Que a pessoa pode morrer por conta disso.
[Speaker 1]
Existem casos extremos, obviamente. Por exemplo, aqueles gamers que ficam um tempão sentado na cadeira jogando e perdem a noção do tempo. Esquece até que tem que contrair a musculatura.
Eu já vi histórias extremas de pessoas que não vão no banheiro. Absurdos! Eu li há alguns meses atrás a história de um chinês, se não me engano, que foi a óbito por jogar continuamente por muitas horas.
O que aconteceu? O que leva a uma situação dessa? É um tromboembolismo e causa a obstrução do pulmão e pronto, morre.
Não tem dúvida. Agora, se ele tiver uma predisposição a isso, vai até mais cedo.
[Speaker 2]
E o principal sintoma é esse inchaço que você citou.
[Speaker 1]
É, antes de ter o problema no pulmão. A trombose na perna vai dar dor e inchaço, principalmente. Normalmente unilateral.
É difícil ser bilateral, pode até ser, mas normalmente dor e inchaço de um lado só. E nesse momento está ocorrendo a trombose. Mas quando acontece a embolia pulmonar, vai ter falta de ar, pode ter taquicardia, pode ter dificuldade de conseguir respirar, pode ter escarro hemoptoico, ou seja, catarro com sangue.
São coisas que podem sugerir que está acontecendo uma embolia pulmonar.
[Speaker 2]
E, doutor, é possível alguém não ter nenhum sintoma e, de repente, ir a óbito por conta dessas principais doenças que a gente citou?
[Speaker 1]
Infelizmente pode, porque a trombose nas pernas, eu disse que tem dor e inchaço, mas não é sempre. Quem nunca teve dor e inchaço na perna também? Às vezes a gente não dá valor porque é uma dor e inchaço pequenininho.
Às vezes pode ser uma trombose que está acontecendo lá. E, de repente, tem uma embolia e ninguém fica sabendo o porquê. Hoje em dia a gente está numa época em que acaba fazendo autópsia, acaba descobrindo, mas, infelizmente, é possível.
[Speaker 2]
É, porque acaba sendo um assustador. Assustador e, ao mesmo tempo, para quem, claro, tem esse medo de acontecer algo que é considerado, entre aspas, do nada, só que tem essa questão de, realmente, do estilo de vida que a pessoa tem e já consegue ser uma forma de prevenção. Que a gente vai chegar lá também, alguns tópicos que são mais importantes em relação a isso, mas, ao mesmo tempo, é importante a gente citar que tem o…
Isso que é o fundamental, a pessoa ter o estilo de vida por completo e não ficar focado nos sintomas específicos, que foi o que você citou agora pouco. Quem nunca teve uma dor, um incômodo…
[Speaker 1]
Se ficar esperando acontecer alguma coisa para depois tratar, tem que prevenir, poxa. Não adianta esperar ter, porque, às vezes, não tem. Às vezes, o primeiro sintoma é a embolia direto e isso é uma catástrofe.
[Speaker 2]
E, doutor, a saúde vascular costuma estar naqueles exames que são feitos de rotina, digamos assim, que as pessoas costumam fazer? Tem alguma forma naqueles exames comuns de saber se a saúde vascular está ok, se está indo tudo certo?
[Speaker 1]
Tem muita coisa que dá para a gente avaliar nos exames de rotina. Então, o perfil de colesterol é um deles. Eu sei que o colesterol, por um lado, ele é demonizado, por outro lado, ele é endeusado.
Na verdade, o colesterol faz parte do nosso corpo. A gente precisa do colesterol e a gente não pode tê-lo em excesso junto com a inflamação, senão isso pode acabar levando a placas ateroscleróticas, que levam a infarto do miocárdio, AVC e obstrução arterial. Então, de exame de sangue, a gente tem que avaliar esse perfil e ver se tem marcadores inflamatórios e tudo mais.
Dependendo da idade e de outros fatores de risco, a gente pode acabar investigando com exames de imagem. Uma coisa que é importante deixar claro aqui é que uma das brigas para todos os… Uma das razões para existir o mês de conscientização é o tabagismo, que ele aumenta sobremaneira a quantidade de doença vascular, cardíaca também, mas falando aqui da vascular periférica, aumenta em sete vezes o risco de claudicação intermitente.
Isso é muita coisa. E as pessoas que têm esse hábito ruim, elas têm que começar a fazer a profilaxia mais cedo, tem que começar a investigar, procurar essas comorbidades aí antes.
[Speaker 2]
E o que é considerado uma pessoa que tem uma boa saúde vascular? Além desses exames de rotina, né? Fez o exame de sangue, tá tudo certo, não sente a dor, ali não sente aquele incômodo, tá tudo certo.
A pessoa pode considerar que tem uma boa saúde vascular ou precisa sempre ter algo mais específico pra quem realmente quer ter certeza que tá no caminho certo pra cuidar dessa parte?
[Speaker 1]
Tem um teste, tem um teste muito legal, vou ensinar todo mundo a fazer aqui agora, tá? É o teste de caminhada de seis minutos. Liga o seu relógio, cronômetro, e sai na rua, plano, e começa a caminhar num passo rápido por seis minutos.
[Speaker 2]
Agora eu fiquei preocupada.
[Speaker 1]
Vê se você consegue sem sentir nenhuma dor, se não tem que parar. Isso já é um excelente marcador de saúde vascular.
[Speaker 2]
Vou contar uma história que aconteceu inclusive ontem comigo. Pra quem não sabe, eu já comentei aqui algumas vezes no Amatocast, mas eu trabalho como repórter também, né? De uma emissora de televisão.
E eu tava fazendo uma cobertura, um caso que repercutiu muito, daquele motorista do Porsche que matou e atropelou o motociclista. E aí saiu uma pessoa da delegacia, que era uma das pessoas que estavam prestando depoimento lá pro delegado, né? Responsável pelo caso.
E normalmente acontece isso com repórter. A pessoa sai, tem que sair correndo atrás da pessoa porque normalmente ninguém quer falar, ninguém quer dar entrevista. Então saiu um homem da delegacia correndo que tava dando entrevista, era um parente lá do motorista.
Eu saí correndo disparado atrás do homem, parecia que eu tava competindo uma maratona. Ele correu por uma quadra só, porque ele entrou num carro e já foi embora. Eu corri a quadra, ao vivo, falando e correndo.
Quando chegou no final, eu não conseguia continuar falando e ao mesmo tempo mantendo o ritmo do que eu tinha que falar, porque ao vivo a gente tem técnicas de respiração e tudo mais, mas saiu do meu controle naquela hora. Eu corri alguns metros, não foi muito tempo assim e logo em seguida não conseguia nem falar. Eu nitidamente tava sem ar ali no jornal.
Então é um fator preocupante, doutor?
[Speaker 1]
Não, pode ficar tranquila, porque não coloca culpa na sua circulação. Porque com certeza você tava tentando falar e não tava conseguindo fazer a inspiração e a expiração necessária pra conseguir absorver o oxigênio pra ser utilizado. Você é muito jovem pra ter um problema circulatório nesse grau.
Então pode ficar tranquila. Acho que a questão é mais a respiração nesse caso do que propriamente a vasculatura. Essa história do Porsche, eu li na véspera, eu tava no táxi e vi um motoboy chutando o espelhinho do carro da frente.
Na véspera. Eu virei pro taxista e falei, mas pra que fazer isso? Depois dá a briga e não sabe, não entende o que que acontece.
Foi uma fatalidade, né?
[Speaker 2]
Foi realmente uma briga por um motivo que inclusive entrou como motivo fútil, né? Um torpe no boletim de ocorrência, que o delegado considerou, mas realmente foi um caso que, por causa de um retrovisor, o motoboy perdeu a vida e o motorista também acabou com a vida dele.
[Speaker 1]
Perdeu também, né?
[Speaker 2]
Porque o caso tá repercutindo e vai continuar repercutindo muito. Com certeza. Mas agora, voltando aqui pra parte da saúde vascular, você chegou a citar que eu não preciso ficar preocupada, porque eu sou nova, tava correndo ali, então foi só a questão da inspiração e expiração.
Essa parte da saúde vascular que a gente citou, as pessoas mais novas, elas também correm risco? Por exemplo, fez o exame de sangue, deu ali não muito legal em relação a esses fatores que você citou agora, que devem ser levados como um alerta. Pessoas novas também correm risco de chegar a ter um óbito por conta da saúde vascular ou não?
[Speaker 1]
Tem que ter algum fator de risco associado, senão não vai acontecer. Então, aquilo que eu tava falando da trombose, ou tem uma doença genética que leva a um aumento do risco, e aí vai saber, puxa, na família tem muita gente que tem trombose, ou já tive uma trombose antes. São fatores de risco.
Ou tem alguma doença do colágeno, que acaba deixando mais frágil as artérias e veias, e aí pode aumentar a probabilidade. Mas essas são doenças que correm em famílias, então muitas vezes se sabe no seu meio o que você tem que ficar atento. Senão, o jovem normalmente tem uma saúde vascular boa.
As varizes começam cedo. Começa lá pelos 20 anos. A paciente mais jovem que eu operei tinha 14 anos, se não me engano.
Mas as varizes não vão comprometer a vida de ninguém.
[Speaker 2]
Em alguns casos, como os mais graves, a pessoa mais velha pode chegar a ter um óbito diretamente. Agora, quando a pessoa não tem um óbito, mas chega a ter um problema de saúde vascular constatado, vai ali, faz o médico, faz os exames, como é a forma de tratamento disso e o que pode acontecer? Por exemplo, AVC é uma das doenças vasculares.
A gente sabe, é muito conhecida esse problema, que muitas vezes as pessoas ficam com sequelas do AVC. Então, a saúde vascular pode não levar a óbito, mas causar problemas permanentes na vida da pessoa.
[Speaker 1]
Não existem tantas ferramentas para a gente tratar. Eu estava brincando com os meus filhos ontem mesmo, que o cirurgião vascular não deixa de ser um encanador. Então, tem um cano que tem que levar o sangue de um lugar a outro.
E o que pode acontecer com esse cano? Ele pode entupir, ele pode dilatar, pode romper, pode seccionar, mas não tem muito mais coisa além disso. E aí, o que a gente tem de ferramenta?
A gente pode anticoagular, então, deixar o sangue mais fino para que ele não forme mais coágulos e continue entupindo ou entupa à distância. A gente pode tentar suturar alguma sutura. A gente pode tentar trocar esse encanamento com uma prótese artificial ou colocando um estente.
Então, fora isso, a gente pode tentar tirar esse entupimento também, com catéter de fogo. A gente vai lá, passa, e aí puxa, tira esse encanamento. Então, fora isso, não tem muito mais o que a gente possa fazer de mecânico.
Então, a gente tem que pensar na parte metabólica. Como que a gente pode evitar isso fazendo o nosso motor rodar redondo, sem falhas? Então, o principal, que é mais uma das razões para existir o mês de conscientização, é a hidratação.
Tomar água. Eu sei que parece idiota a gente falar aqui para as pessoas que têm que tomar água, mas se vocês vissem a estatística do meu consultório, 90% das pacientes chegam aqui desidratadas, parecem uma uva passa, e acham que estão tomando água adequadamente.
[Speaker 2]
Como saber, doutor, se a quantidade está ok ou não? O corpo dá sinal em relação a isso?
[Speaker 1]
O corpo dá sinal. A gente consegue ver nas mucosas, então língua, boca, no turgor da pele. Se a gente pega a pele, ela não volta à posição na dobra do dedo aqui.
[Speaker 2]
Ah, tá.
[Speaker 1]
Essa é uma das maneiras. Agora, eu tenho que ser um pouco mais objetivo, então aí eu uso a bioimpedância, que passa um choquinho no corpo da pessoa, não vai sentir choque nenhum, mas passa uma corrente elétrica, que aí ela calcula a quantidade de água que tem.
[Speaker 2]
Doutor, eu estou me fazendo um teste aqui, enquanto você fala, já aproveitei. Duas questões. A primeira é que eu já escutei falar também, para tirar essa dúvida, que eu acredito que seja a dúvida de muitas outras pessoas que estejam acompanhando aqui a MatoCast, é que um especialista uma vez citou que quando a gente sente a sede, é porque a gente já está desidratado.
[Speaker 1]
Já está tarde demais. Isso é verdade?
[Speaker 2]
O normal é não sentir a sede?
[Speaker 1]
É não precisar sentir a sede. Isso é o que deveria ocorrer, só que a gente está sempre nessa correria, você mesmo acabou de contar correria.
[Speaker 2]
E eu estava fazendo o teste porque eu não estava com muita água.
[Speaker 1]
Estava preocupado só com o ar também, mas tem que preocupar com a água. Sim, a gente tem que beber muito antes de ficar com sede. E é relativo ao peso.
Então, quanto maior a pessoa, de altura e de peso também, mais ela vai ter que beber água. Então, às vezes eu recebo paciente aqui que fala, não doutor, eu bebo muita água hoje, eu bebo um litro de água. Um litro de água?
Acho que nem meus filhos podem tomar isso, são pequenos ainda, podem tomar isso, tem que ser mais. Pelo menos 35 ml por quilo de peso.
[Speaker 2]
Então, depende do peso da pessoa para saber a quantidade.
[Speaker 1]
Depende do peso da pessoa, vai ser de dois litros e meio para cima.
[Speaker 2]
Nossa, eu estou muito fora.
[Speaker 1]
Ah, e também depende da região do Brasil, porque aqui em São Paulo é uma temperatura. Se a gente for para o Nordeste, é outra temperatura. Eu acabei de passar as férias no deserto da Califórnia.
48 graus e meio. Esse e meio é importante.
[Speaker 2]
Faz diferença nesse caso.
[Speaker 1]
Faz diferença. Saía do carro, respirava, parecia que o ar não entrava. Era uma coisa, assim, absurda.
Eu não sei quantos ml de água por quilo de peso que eu recomendaria lá. Mas acho que eu bebia, no mínimo, uns seis litros de água por dia.
[Speaker 2]
Nossa, é bastante.
[Speaker 1]
É impressionante. Aquele calor é um inferno.
[Speaker 2]
Então, tem que fazer o cálculo ali pelo peso, né? E quando eu senti sede, já é que a situação não está muito legal. A questão da temperatura, quando está mais frio ou quando está mais quente, a gente tem a sensação que dá um pouco mais de sede ou não, né?
Isso também não é, então, uma impressão. Realmente, a temperatura influencia.
[Speaker 1]
Tem um outro fator que é mais importante ainda, que é a umidade do ar. Só que isso é difícil da gente perceber. A gente acaba vendo uma informação paralela, que é a temperatura.
Mas, assim, o que eu posso falar é, não cheguem ao ponto que eu cheguei, que eu precisei ter uma pedra no rim para entender o quanto que isso é importante. É a pior dor na face da Terra.
[Speaker 2]
Eu sei, eu tive. Eu cheguei, também, no hospital sem saber o que era. Ninguém sabia o que era.
Eu cheguei vomitando de dor. Para quem nunca teve, receba esse aviso na sua vida. Não queira ter uma pedra no rim.
Eu nunca tive filho para saber, mas falam que a dor de um parto…
[Speaker 1]
É a pior.
[Speaker 2]
É, falam que é.
[Speaker 1]
Para o homem…
[Speaker 2]
Para o homem, vai ser realmente a pior. E, doutor, uma dúvida também, agora que você citou essa questão da pedra no rim…
[Speaker 1]
Só para complementar, tem uma diferença a dor do parto para a dor da pedra no rim. A dor do parto, a mulher esquece, porque está envolta em uma coisa gostosa e boa. Senão, ela nunca teria um segundo ou terceiro filho.
[Speaker 2]
Verdade. E a dor da pedra no rim…
[Speaker 1]
A gente não esquece nunca.
[Speaker 2]
É, realmente. Para quem nunca teve, acha que a gente está exagerando, né? Que, às vezes, nossa, está aumentando a dor.
Não é aumentar a dor. É realmente a pior dor, eu acho, do mundo. E aí, quando eu tive a pedra no rim, doutor, uma pessoa me falou que para a quantidade de líquido que a gente toma, não necessariamente precisaria ser a água, que poderia ser, por exemplo, um suco natural, já entra nessa quantidade que o corpo precisa por dia, por semana, enfim.
Isso realmente faz sentido?
[Speaker 1]
Tem até alguns legumes que são muito ricos em água, né? Abobrinha, melancia, também são muito ricos em água e a hidratação vai bem. A questão é que elas vêm junto com caloria, né?
E aí a gente tem que tomar cuidado com o excesso de calorias. A frutose que tem nos sucos é saudável, porque vem junto com antioxidante e tal, mas ninguém pode exagerar, né? A minha mãe, uma vez, comprou um aparelho que colocava uma fruta lá dentro e meio que desintegrava.
O negócio virava um suco. Só que para fazer um suco de maçã, precisava de cinco maçãs. Você tem ideia de quanto de açúcar que tem em cada maçã?
Eu juntar cinco maçãs e fazer um copo de suco? Pode parecer saudável isso. Era uma delícia, mas a quantidade de açúcar era absurda.
Então a gente tem que tomar cuidado com isso.
[Speaker 2]
Até com o suco natural, no caso, tem…
[Speaker 1]
Exato.
[Speaker 2]
E doutor, agora, em questão das outras doenças que são bem conhecidas, não sei se eu posso chamar de doença, mas como, por exemplo, pressão alta, pressão baixa, isso pode estar ligado também à saúde vascular?
[Speaker 1]
Ah, com certeza tá, com certeza tá. Pressão alta, a hipertensão arterial, mais uma doença extremamente comum, disseminada por aí e reflexo da doença na parede arterial, onde a artéria fica endurecida e aí não tem a variação da vasodilatação e a vasocontração como deveria acontecer. A hipertensão arterial é extremamente relativa a tudo que a gente tá falando aqui.
Cigarro, hidratação, inflamação, colesterol, tudo isso. Agora, a hipotensão, isso eu vejo acontecer todo dia, chega pra mim uma história dessa, onde tem um entendimento errado do que tá acontecendo. As pessoas chegam falando, ah, eu tenho pressão baixa.
Na hora, eu já sei o que tá acontecendo. Pressão baixa é falta de água. Não tá bebendo água.
Começa a colocar a culpa no coração, nas artérias, na veia. Não, costumo ter pressão baixa. Costuma não beber água.
É melhor beber água. Tem lá o encanamento, se a gente coloca mais água dentro do encanamento, a pressão vai subir e resolve isso. Problema simples de resolver.
[Speaker 2]
E às vezes acha que alguma coisa mais grave pode ser resolvido com a água.
[Speaker 1]
Exato. Ontem mesmo, a paciente aqui chegou falando que foi no pronto-socorro por causa disso. Pressão baixa.
Aí, começam a dar um monte de diagnóstico, né? Coração cansado. E aí, vai.
Lista enorme. Aí, sai de lá com um monte de remédio pra tomar. E, na verdade, a única coisa que tinha que fazer mesmo era se hidratar adequadamente.
[Speaker 2]
E o que é considerado mais perigoso, doutora? Pressão muito baixa ou pressão muito alta? Nesse caso, considerando a saúde vascular.
[Speaker 1]
Puxa vida. A pressão baixa… Olha que interessante como o nosso corpo é inteligente.
A pressão baixa, o nosso corpo resolve. Só que não resolve da maneira que você vai achar legal. Ele vai fazer você desmaiar.
Na hora que você desmaia, o coração não tem mais que fazer força pro sangue subir e chegar no cérebro. Porque você desmaiou, caiu, ficou na horizontal. E aí, o coração vai ter força pra conseguir bombear o sangue pro cérebro.
Então, a forma de resolver é o desmaio. Por isso que a pessoa se sente mal. Só que é um mecanismo de defesa.
A pressão alta, por outro lado, o corpo não tem um mecanismo de defesa tão simples assim. Ele vai começar a fazer o rim trabalhar mais. Só que todos os sistemas vão começar a falhar em algum momento.
Até a ponto que a aterosclerose acaba obstruindo ou tem um AVC hemorrágico por causa da pressão alta. Ou até mesmo a dissecção de aorta que eu acabei falando. Então, eu acredito que a pressão baixa, ela não vai levar a essas situações críticas que a pressão alta acaba levando.
[Speaker 2]
Então, no caso, acaba tendo a proporção ali da situação que a pessoa está… Ao que ponto que chega isso? Da pressão baixa ou da pressão alta?
[Speaker 1]
Exato. A pressão baixa a gente acaba compensando. Pode ser incômodo, pode fazer desmaiar.
Mas, poxa, toma água, resolve. A pressão alta não. A pressão alta, ela é maligna.
Ela é silenciosa. A pessoa não sente nada. Até que, de repente, tem uma situação gravíssima como um derrame.
Às vezes, ela está tomando remédio para pressão. Aí, ela para porque fala, não estou sentindo nada mesmo. Estou bem, para que eu vou tomar remédio para pressão?
E aí, a doença continua a progredir até causar todas essas lesões. Pressão alta é pior.
[Speaker 2]
E é possível a pessoa conviver também com a pressão alta e tomar o remédio e não ter nenhum problema grave nesse nível?
[Speaker 1]
Então, sim, é possível. A manutenção da pressão arterial é perfeitamente possível com medicamento hoje em dia. Poxa, a tecnologia dos medicamentos para hipertensão arterial está avançadíssima.
Não fiquem com medo de se tratar. A questão é que todo mundo esquece que tem que fazer a sua parte também. Ah, vou tomar remédio e está tudo bem.
Poxa, vai perder peso, vai fazer exercício, vai tratar todo o hábito de vida, a sua rotina. Diminui o sal na alimentação, que é muito importante também. As pessoas não mexem nisso e querem que o remédio faça tudo.
[Speaker 2]
Quer compensar o histórico anterior.
[Speaker 1]
Quer compensar 5, 6 décadas de coisas erradas que foram feitas para o próprio corpo com um remédio. Puxa vida.
[Speaker 2]
E a gente citou agora que as pessoas mais novas não costumam ter problemas tão graves, mas a longo prazo vai ser a pessoa que vai ter o problema grave.
[Speaker 1]
Exato.
[Speaker 2]
Doutor, então, antes da gente ir para as dúvidas que as pessoas mandaram algumas perguntas aqui para a gente, eu queria só, então, citar para quem não tem nenhum problema o que pode ser considerado como prevenção. A gente já citou algumas coisas, mas eu acho que também para quem procurou esse episódio, falando da importância da saúde vascular, quer saber como, claro, sem querer assustar ninguém, a gente falou tanta coisa ruim, o que pode acontecer. Claro que é uma forma de alerta, não é para causar pânico em ninguém, mas eu acho que é legal também a gente citar um conjunto de fatores que as pessoas vão conseguir colocar em prática sem colocar aquela lista enorme de metas, porque a gente sabe que quanto mais metas, às vezes a pessoa se sente frustrada, não consegue cumprir e acaba colocando o pé na jaca, que é aquela expressão que a gente usa, e acaba parando de tomar água, não faz exercício, come errado, porque, sei lá, não estou conseguindo fazer isso, então vai tudo errado de uma vez só. Então, qual que é a forma mais prática e realista de cuidar da saúde vascular?
[Speaker 1]
Bom, vamos lá. Primeiro é fazer isso com a ajuda de um profissional, mas eu vou facilitar a vida de todo mundo aqui. Quem que precisa procurar?
Então, todo mundo acima de 50 anos deve fazer pelo menos uma consulta com o cirurgião vascular ou com o cardiologista em busca de prevenção, profilaxia. Aqueles que fumam têm que começar a fazer isso antes, eu sugiro lá já em torno dos 40 anos. Agora, se você tem varizes, na família se tem varizes e está preocupado com isso, saiba que isso pode começar bem mais cedo, lá pelos 20 anos já é o início da doença.
E se na sua família tem bastante trombose, eu sugiro fazer uma investigação. Agora, do ponto de vista de profilaxia, são esses pilares simples que a gente fala sempre. Então, a hidratação adequada, exercício físico, não precisa sair tomando A, S ou qualquer medicamento porque falaram que afina o sangue e ajuda todo mundo.
São algumas pessoas que se beneficiam disso e aí tem que ser indicado pelo profissional, que é o cirurgião vascular.
[Speaker 2]
Perfeito. Então, acho que a gente conseguiu passar bem como uma forma de prevenção e também quando a pessoa já está no caminho de descobrir como funciona o diagnóstico e quando já está numa situação ruim, o que pode ser feito para melhorar. Bom, então eu vou passar para as perguntas aqui agora, porque às vezes a dúvida de alguém a gente já consegue explicar alguma parte que a gente não tenha citado.
E aqui faz parte do nosso estúdio novo, que a gente tem um telão agora, que já apareceu, para a gente mudar para trazer essas dúvidas, então ficou mais interativo, mais legal para quem quiser comentar sugestões. Vamos lá, a primeira é Sônia Carvalho, de Manaus, que mandou a dúvida. Doutor, o calor daqui de Manaus pode piorar os problemas de circulação?
O que a gente pode fazer para ajudar nisso? Então, aqui a gente citou que o calor de fato pode piorar, mas como então controlar para quem vive numa região mais quente? Como fazer esse meio de campo?
[Speaker 1]
Mudar aqueles 35 ml que eu falei para 40, 45 ml por quilo de peso, aumentar a hidratação. Porque vai suar mais, vai acabar vasodilatando também. Mas tem as vantagens também, não vai ter as doenças do frio, que é a vasoconstrição, que diminui a oxigenação na periferia.
Então, é um equilíbrio aí. A gente conversou bastante disso, acho que já está meio que respondido.
[Speaker 2]
Será que São Paulo então está no benefício? Porque aqui faz todas as temperaturas no mesmo dia.
[Speaker 1]
Mas você sabe que São Paulo é um dos melhores climas do mundo? Não é porque eu acabei de voltar do deserto da Califórnia, não, com 48 graus e meio.
[Speaker 2]
Ficou com a temperatura na cabeça.
[Speaker 1]
Mas é porque São Paulo tem todos os climas a menos. O muito quente não é muito quente, o muito frio não é muito frio. E isso no ano todo.
É interessante, é um dos melhores climas do mundo.
[Speaker 2]
É, porque aqui começa, eu que o diga, no horário que eu trabalho na TV de manhã, aquele frio que eu não aguento. São três blusas, três calças, roupa térmica e chega na hora do almoço aquele calor, né?
[Speaker 1]
Pois é.
[Speaker 2]
Aí vai tirando todas as…
[Speaker 1]
Aqui tem todos os climas, mas não precisava ser tudo no mesmo dia, né?
[Speaker 2]
É, podia ser um pouquinho mais espaçado, pelo menos. Vamos para o próximo, então. Ana Paula, de Vitória.
Oi, doutora Mato. Quais são os primeiros sinais de que a circulação está ruim? Tem alguma coisa que eu deva ficar de olho?
[Speaker 1]
Ok, dor é o primeiro sintoma. O primeiro, principal, dor, inchaço, peso nas pernas, cansaço. Mas qualquer dor em periferia, a gente tem que lembrar que a circulação pode ser a causa.
[Speaker 2]
A gente citou também no início, né? Essa questão do inchaço que é o principal, né? O principal fator de alerta.
Aquelas manchas no corpo, quando a pessoa bate, fica muito roxo. Isso também é um sinal de que tem algum problema?
[Speaker 1]
Eu não chamaria de um sinal de alerta se isso é eventual. Mas se está acontecendo repetidamente, com certeza é.
[Speaker 2]
E é só uma pancadinha leve e já ficou aquele roxo muito forte?
[Speaker 1]
Mas aí pode ser uma pessoa idosa que tem uma fragilidade maior, né? Ou pode ser alguém que tem uma fragilidade capilar e que merece ser investigado. Tá.
[Speaker 2]
Porque todo mundo já teve isso alguma vez, né?
[Speaker 1]
É que eu não quero causar pânico também, né? Porque se a gente falar todo roxo tem que ser investigado. Imagina, todo mundo já teve um roxo.
Todo mundo, com certeza. Então, se está sendo muito repetido, aí vale a pena investigar. Mas se é eventual, não.
[Speaker 2]
Tá certo. Doutor, a atividade física ajuda mesmo na circulação? Que tipo de exercício é mais recomendado para quem tem problema vascular?
Essa dúvida foi da Luciana Menezes, Cuiabá.
[Speaker 1]
Panturrilha. A gente tem que fortalecer a panturrilha. Essa é a principal musculatura do coração periférico.
Quando a gente contrai a musculatura da panturrilha, ele bombeia o sangue de volta para a circulação. Então, aquele exercício que a gente sobe e desce com os pés, fazendo a movimentação, é fundamental. Mas qualquer esporte que utilize bastante as pernas vai ajudar.
Então, natação, musculação, tudo isso é muito bom.
[Speaker 2]
Já vou aproveitar e fazer a pergunta do outro lado. Tem algum esporte que não é indicado para quem tem problema de circulação?
[Speaker 1]
Olha, é difícil eu falar mal de algum esporte, porque a maior parte dos esportes acabam ajudando se for feito com consciência. Eu acredito que tem alguns esportes onde há o extremo, que exagera. Eu vou falar de outra forma.
Esporte é muito bom, mas esporte, de uma forma exagerada, vai trazer problemas de saúde. Então, por exemplo, quem quer fazer um Ironman e acredita que aquilo é saúde pura, aquilo não é saúde pura. Aquilo vai ter um estresse absurdo nas articulações, vai ter um monte de lesão acompanhando.
Então, tem que acertar o equilíbrio.
[Speaker 2]
Legal, isso é importante. Com certeza vai chamar a atenção de quem está acompanhando, porque acha que a vida é saudável ao extremo, mas precisa ficar atento a esse…
[Speaker 1]
Exato. Tem algumas lutas também que podem machucar bastante. Eu não quero citar aqui, porque senão vou acabar criando caso.
Mas, assim, se tem muito impacto, vai causar lesão, vai acabar te machucando. Crossfit, pronto. Falei de crossfit e vai vir um monte de gente aqui me xingando.
Mas o problema do crossfit é o excesso, não o tipo de exercício. Então, como tem uma competição contínua o tempo todo, as pessoas podem acabar errando a mão e se machucando. Uma outra coisa que, teoricamente, andar de bicicleta é muito bom, mas eu tenho muito medo de aula de spinning, que tem aquela lavagem cerebral, que a pessoa vai aumentando, aumentando a intensidade, aumentando a intensidade, até uma hora que ela faz mais do que ela conseguiria fazer.
Então, a gente tem que fazer exercício com consciência. Com ciência e com consciência.
[Speaker 2]
Essa daí foi a frase poética. E essa questão do problema do exercício físico exagerado é no caso de uma lesão. É isso que você quer dizer?
Ou no sentido de a pessoa só ter um sintoma, por exemplo, de sentir o corpo até fraco de tanto que está fazendo ali o exercício, ou apenas nessa questão da lesão, de ter algum problema de joelho, alguma coisa assim?
[Speaker 1]
Isso é muito visível no lipedema, porque o lipedema é muito dependente de inflamação, qualquer inflamação no corpo. E alguns exercícios podem inflamar antes mesmo de causar lesão grande. Então, no excesso, numa musculação exagerada, por exemplo, a mulher vai ter inflamação e aí começa a ter os sintomas do lipedema exacerbados.
Quem não tem o lipedema não vai ter esses sintomas todos, mas não quer dizer que não está inflamando, está inflamando sim.
[Speaker 2]
Entendi, então pode ser algo silencioso.
[Speaker 1]
O ideal é que é difícil passar isso numa fórmula que sirva pra todo mundo, mas eu vou explicar aqui. Quem não faz nada de exercício tem a ansiedade e a inflamação alta. Quem faz exercício moderado tem a ansiedade e a inflamação baixa.
Só que a partir desse ponto começa a aumentar a inflamação, vai aumentar o exercício, vai aumentar a inflamação e vai aumentar a ansiedade também. Então, o ponto ideal é ali no moderado. Só que é difícil, o que é moderado pras pessoas?
Moderado pra mim, aliás, até dentro da própria pessoa, moderado pra mim hoje, hoje eu faço exercício quase todo dia, é diferente do moderado pra mim há 10 anos atrás quando eu estava obeso. Então, é individual, tem que ser avaliado caso a caso.
[Speaker 2]
Nossa, esse é o ponto que é difícil de achar, né? Qual que é o…
[Speaker 1]
Exato. Tomar cuidado com dor, o corpo avisa. Se tá doendo tem alguma coisa errada, tá exagerando.
[Speaker 2]
Aquela dor depois da mudança de carga, quando muda o treino, aquilo que todo mundo costuma reclamar, ai, tô dolorida, isso é considerado normal?
[Speaker 1]
A dor, essa dor é lesão, é inflamação, mas é esperado e é normal. A questão é que ela tem que durar pouco tempo e ela tem que ir melhorando. Se ela não for melhorando tem alguma coisa errada.
[Speaker 2]
Perfeito, aí é o ponto das pessoas já identificarem se é uma dor ou o quê. Essa daqui eu acho que eu…
[Speaker 1]
Já foi.
[Speaker 2]
Seis. Doutor, tem alguma comida que a gente deve evitar para não prejudicar a circulação ou alguma que ajuda? Rosa Maria de Natal.
[Speaker 1]
Puxa, tem várias que ajudam, né? São todos os antioxidantes, tudo que tem resveratrol, fitoterápico. Então, legumes, verduras, tem muita coisa boa.
Então, aqui no canal a gente fala bastante disso. E de alimentos que pioram. Então, com certeza as pessoas vão falar do colesterol e das gorduras, mas eu não quero falar isso, eu quero falar de uma forma diferente.
Os alimentos que causam inflamação. Isso vai depender de pessoa para pessoa. Então, aí tem que investigar.
[Speaker 2]
Isso é interessante também dos alimentos. Quando a pessoa tem aquele problema, intolerância à lactose, por exemplo.
[Speaker 1]
Intolerância à lactose, intolerância ao glúten, que é extremamente comum. Esses alimentos para essas pessoas são venenos. Não adianta a gente ficar discutindo outras coisas menores se a gente não resolve esse elefante na sala.
A gente tem que identificar o que inflama cada um individualmente.
[Speaker 2]
Porque virou até um meme na internet, numa rede social bem famosa, o TikTok. As pessoas postando, dizendo que eu sei que eu tenho intolerância à lactose, por exemplo. Aí aparece a pessoa comendo algo que tem bastante lactose.
Aí depois fala, prefiro sofrer as consequências do que deixar de comer algo que eu sei que eu tenho intolerância. Isso virou um meme, várias pessoas brincando com isso.
[Speaker 1]
Provavelmente jovens e que não sabem que isso é cumulativo durante a vida. E quando tiver lá seus 60, 70 anos, vai pegar esse vídeo e vai falar, puxa vida, se eu não tivesse feito isso por tanto tempo, talvez eu tivesse mais 10 anos de saúde.
[Speaker 2]
E é tratável essas intolerâncias?
[Speaker 1]
É mais fácil tirar, né? Esses alimentos. Algumas são tratáveis, outras é mais fácil afastar o agente causador.
[Speaker 2]
Bom dia.
[Speaker 1]
Mas só esse assunto já vale um podcast inteiro.
[Speaker 2]
Já vale outro podcast, com certeza. Me veio uma ideia. Aí o livro, talvez, ficou no ar.
Bom dia, doutora Alexandre. A má circulação pode causar quais outros problemas de saúde? Como que isso tudo está conectado?
Márcia Lima, Belo Horizonte.
[Speaker 1]
Márcia, a cirurgia vascular está conectada com todas as outras especialidades, porque as artérias levam sangue para todos os órgãos. Então, se você está preocupada com essa tiroide, ela recebe sangue de alguma forma. Assim como o rim recebe sangue e tem que voltar o sangue.
Então, é uma especialidade que a gente acaba fazendo uma interface com todas as outras especialidades. Então, por exemplo, tem até tratamento hoje em dia cirúrgico de obesidade, a cirurgia bariátrica, que está sendo feita com embolização. Então, vai lá, entope a artéria que nutre o estômago e aí acaba diminuindo a fome.
Então, a gente acaba tendo essa comunicação com todas as especialidades e ao faltar sangue para qualquer órgão, vai acabar causando sintoma lá naquele órgão, naquela especialidade. Então, por exemplo, faltou sangue no cérebro, vai ter um AVC. O problema é neurológico ou o problema é vascular?
É ambos.
[Speaker 2]
Bem esclarecedor. Oi, doutor. O uso de salto alto pode afetar a circulação nas pernas?
O que o senhor sugere para quem trabalha o dia todo de pé? Tânia Gomes, São Luís.
[Speaker 1]
Essa pergunta não falta nunca, né? Primeiro que eu não sei como as mulheres conseguem usar salto alto. É incrível.
[Speaker 2]
Cria uma resistência, é como se o pé acostumasse.
[Speaker 1]
Eu fui numa entrevista, num podcast, com um homem que usa salto alto. Impressionante. Realmente, eu não sei como é possível andar com salto alto.
Mas, de qualquer forma, a questão é, o salto alto diminui a amplitude de movimento dos pés. E aí não contrai a musculatura da panturrilha, de forma que não bolbeia o sangue de volta para cima. Então, essa diminuição da amplitude piora os sintomas vasculares.
Então, mesmo que a pessoa não tenha doença vascular, ela pode começar a ter os sintomas da doença vascular. Agora, se tiver a genética para ter varizes, isso aí é uma pimenta, um tempero para que tudo desencadeie mais cedo.
[Speaker 2]
Agora, com essa pergunta do salto, me veio outra na cabeça, que eu tenho certeza que muita gente até já cogitou alguma doença vascular por conta disso. Quando a pessoa usa salto alto ou até sapato baixo para os homens que estão acompanhando e tem aquela dor muito forte, se fica muito tempo em pé, só que não aquele tempo realmente exagerado. Ficou um tempo ali, duas horas de pé, já começa a sentir aquela dor insuportável para andar, mesmo com o sapato confortável.
Isso é um sintoma de algum problema vascular?
[Speaker 1]
Não necessariamente. Tem uma pergunta que eu preciso fazer. A pessoa está em movimento ou ela está de pé parado?
Por quê? Porque em movimento vai ter a contração muscular. Se ela está de pé parado, não vai ter.
Então, essa pessoa vai ter todos os sintomas de uma doença vascular, mesmo não tendo a doença vascular. Um exemplo são aqueles guardas que ficam na frente do Palácio de Buckingham, lá em Londres. Eles ficam de pé parado por horas e horas.
Alguns desmaiam até. Então, precisa compensar isso com o uso de meia elástica. Tem que ter compressão externa, senão não aguenta.
Agora, se está em movimentação e está contraindo a musculatura, pode ser uma fadiga muscular. Aí, às vezes, a pessoa está tão sedentária há tanto tempo, não está acostumada a andar assim, e acaba tendo um cansaço, uma fadiga e tendo dor por causa disso.
[Speaker 2]
A contração, no caso, moderada ali, que não está andando demais, acaba ajudando…
[Speaker 1]
Ajuda, é boa.
[Speaker 2]
…a pessoa não ficar parada ali o tempo inteiro.
[Speaker 1]
Acho que eu não fui claro. Contrair a musculatura é sempre bom.
[Speaker 2]
Sempre tudo na medida que a gente está falando, né? Não pode ser muito, não pode ser pouco. Varízes são sempre um sinal de má circulação.
Tem alguma outra coisa que a gente pode fazer para prevenir? Fernando Rocha, Porto Velho.
[Speaker 1]
Bom, o varízes é, por definição, um problema circulatório. Então, sim, varízes é má circulação. Agora, prevenir varízes é difícil, porque se você tiver a genética, a probabilidade de acontecer é muito alta.
O que você pode é postergando e não sentindo os problemas disso, fazendo tudo o que a gente já falou. Exercício físico, hidratação, usando meia elástica. Tudo isso vai ajudar a evitar a progressão, se você tiver a genética.
Se você não tiver a genética, maravilha! Continue fazendo tudo o que a gente falou, mas a razão vai ser outra. Só não vai ser prevenir varízes, vai ser prevenir outros problemas circulatórios.
[Speaker 2]
E para quem quer saber mais de varízes, já vou dar um spoiler, que vai ter um episódio especial aqui também com o Dr. Alexandre, para falar sobre isso e tirar todas as dúvidas. Dr. Alexandre, quais são os riscos de ignorar sintomas de má circulação quando é hora de procurar ajuda? Juliana Torres, Florianópolis.
[Speaker 1]
Ok, agora eu vou falar uma coisa que vai doer em muita gente. Tem dois riscos de ignorar um sintoma vascular. Primeiro deles, os dois riscos mais graves.
O primeiro deles é amputação e o segundo deles é óbito. Então, a maior parte dos problemas arteriais e uma trombose, embolia, quando a gente está falando do desfecho final da doença mais grave, é ou amputação ou óbito. Então, por isso que a gente está falando de uma especialidade séria, uma especialidade que, se você tem os sintomas, por favor, vá atrás, converse com um especialista.
Não é uma coisa que você pode ignorar, jogar panos mornos em cima e fingir que não está acontecendo, porque a doença vai continuar progredindo em direção ao quê? Ao pior que pode acontecer. Então, qualquer problema identificado cedo e tratado cedo é fácil de resolver.
[Speaker 2]
… -
O Mito da Carne Vermelha: Fatos e Fábulas sobre a Saúde
by Dr. Alexandre Amato on agosto 6, 2024 at 1:42 pmA carne vermelha é frequentemente demonizada pela mídia tradicional, sendo associada a riscos elevados de doenças cardíacas e câncer. No entanto, essas alegações são baseadas em informações distorcidas e descontextualizadas. É crucial separar os mitos da realidade quando se trata dos efeitos da carne vermelha na saúde.
Table of contentsCarne Vermelha vs. Carne ProcessadaBenefícios da Carne VermelhaCombate às Fake NewsConclusão
Resumo
Este vídeo aborda os mitos e verdades sobre o consumo de carne vermelha, especialmente sua associação com doenças cardíacas e câncer. O cirurgião vascular especialista em lipedema desmistifica essas crenças, destacando a diferença entre carne vermelha não processada e carne processada. Ele argumenta que a carne vermelha não processada pode ser uma aliada na saúde, oferecendo nutrientes essenciais, enquanto a carne processada, de fato, traz riscos à saúde. O vídeo também menciona a importância de uma dieta equilibrada e critica a mídia por disseminar informações errôneas sobre a carne vermelha.Transcrição
Estão mentindo pra você diariamente sobre a carne vermelha. E você tá acreditando. Será que a carne vermelha faz mal? Carne vermelha aumenta mesmo a chance de infarto? Carne vermelha pode causar câncer? Você já ouviu dizer que a carne vermelha faz mal pra saúde? Como cirurgião vascular especialista em lipedema, sempre ouço essa fake news e estou farto. Este vídeo é uma revelação. Hoje vou te explicar definitivamente porque isso é um mito e como que a carne pode ser uma aliada poderosa pra sua saúde e circulação. Não se sinta culpado, tem um sistema inteiro tentando fazer você se sentir assim. Um simples e suculento bife pode ser tão perigoso pra saúde quanto um maço de cigarro. E se também tem algum elemento favorável ao câncer? A carne vermelha. O consumo de carne processada pode levar ao câncer. A mídia tradicional tem demonizado a carne vermelha há décadas, associando a doenças cardíacas e câncer. É só começar a ver um documentário que se diz isento que logo ele mostra seu preconceito escancarado. Acha que eu estou exagerando? Vamos lá. Imagine dedicar sua vida inteira a ajudar milhares de pessoas e, no final, ver o seu legado manchado por mentiras. Esse é o caso do Dr. Robert Atkins. Em 1972, ele revolucionou a saúde com a sua dieta de baixo carboidrato rica em carnes, ajudando a transformar o metabolismo e o bem-estar de muitas pessoas. Mas em 2003, o Dr. Atkins faleceu aos 72 anos e boatos maldosos alegaram que ele morreu por causa da sua própria dieta, afirmando que ele estava obeso. A verdade? Dr. Atkins escorregou em uma calçada congelada e bateu a cabeça. Foi uma queda fatal. Ele ficou internado por muito tempo na UTI e seu peso aumentou devido a complicações médicas e inchaço, não a sua dieta. E a mídia espalhou essas falsidades, ofuscando suas contribuições incríveis. É profundamente injusto que alguém que fez tanto para a saúde pública tenha seu legado distorcido. Lembremos do verdadeiro impacto positivo do Dr. Atkins, não das mentiras que tentaram apagá-lo. É isso que você pode esperar da mídia tradicional. E é isso que estão fazendo com você diariamente, sem você perceber. Quando analisamos os estudos científicos, eles revelam uma história bem diferente. Primeiro, é crucial separar a carne vermelha da carne processada, pois são coisas completamente distintas. A carne vermelha não processada refere-se à carne fresca, que não passou por nenhum processo de conservação ou saborização, além dos cortes básicos. São cortes como filé mignon, alcatra, patinho, maminha, picanha. Esses tipos de carne não têm aditivo químico, conservante ou algum ingrediente artificial. Agora, a carne vermelha processada, por outro lado, é aquela que foi modificada através de processos de defumação, cura, fermentação, salgação ou adição de conservantes ou qualquer aditivo químico. Exemplos incluem salsichas, bacon, presuntos, salame e a carne enlatada. Essa carne passa por processos industriais que alteram sua composição original e pode conter conservantes como nitratos e nitritos, que ajudam a prolongar a vida útil do alimento, mas não a sua. São essas carnes que estão associadas a um aumento de risco de várias doenças crônicas, incluindo doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes tipo 2 e câncer, especialmente o câncer coloretal. As carnes processadas são, de fato, prejudiciais à nossa saúde. Entretanto, esse meu vídeo não é sobre elas. É sobre a picanha que te prometeram e não entregaram. Por exemplo, um estudo revelou que substituir carboidratos por carne vermelha pode reduzir marcadores inflamatórios. Não há evidência de associação significativa entre o consumo de carne vermelha não processada e a mortalidade por doenças cardiovasculares. Dietas que incluem carne vermelha não processada quando consumidas de forma equilibrada não têm efeito adverso significativo sobre os fatores de risco cardiovascular e podem ajudar na manutenção de peso após perda significativa. Aliás, a dieta cetogênica é uma excelente escolha. É preciso deixar muito claro aqui, porque eu vejo o erro todos os dias. A carne não é inflamatória para o lipedema. Muitas vezes é necessário comer carne. Imagine que são mulheres com sarcopenia, ou seja, elas já estão com perda de musculatura, estão comendo só carboidrato, precisam de fontes de proteína para recuperar esses músculos. Outras estão com o Leaky Gut, a síndrome da permeabilidade intestinal e muitas com intolerâncias alimentares por causa dos vegetais. Cada caso é um caso. Tenho um vídeo e livro inteiro sobre o assunto para quem se interessar. A carne é uma excelente fonte de proteínas de alta qualidade, essencial para o crescimento e manutenção dos tecidos corporais. Proteínas de origem animal contém todos os aminoácidos essenciais que o nosso corpo não consegue produzir por conta própria. Além disso, a carne vermelha é rica em nutrientes vitais como a creatina, eu tenho um vídeo inteiro falando sobre isso, a carnitina, vitamina B12, também tenho um vídeo sobre isso, vitamina B6, niacina, entre outras que são difíceis de encontrar em outros alimentos. A carne também possui minerais essenciais como o ferro-m, que é muito mais facilmente absorvido pelo nosso corpo. Lembro-me de tantas pacientes com anemia e níveis baixos de ferro e não estão comendo carne. É de chorar. Além do ferro, a carne vermelha é rica em zinco e selênio, fundamentais para o sistema imunológico, para a saúde reprodutiva e prevenção da anemia. E adivinha? Também ajudam no controle da inflamação. As proteínas e gorduras presentes na carne ajudam a aumentar a saciedade, auxiliando no controle do apetite e na manutenção de um peso saudável. Quem não come proteína o suficiente está sempre com fome. A vitamina B12 que tem na carne vermelha é crucial para o funcionamento do cérebro. Em outras palavras, sua função mental e cognição, que é a capacidade de pensar, de aprender, de entender, dependem diretamente dessa vitamina. Falando em cognição, se você compreende a importância de se manter bem informado sobre a saúde e nutrição, sabe que deve se inscrever aqui no nosso canal. Assim você garante que não vai perder nenhum conteúdo que pode ajudar a manter seu corpo e mente saudável. Então use agora a sua cognição e inscreva-se já! Para a saúde física, os nutrientes da carne vermelha também são essenciais. Eles contribuem para a melhoria da circulação e do aumento da energia. A creatina, por exemplo, que está presente só nos produtos de origem animal, nosso corpo até consegue sintetizar a partir dos aminoácidos glicina, arginina, metionina, mas para aqueles que seguem dietas vegetarianas ou veganas, é altamente recomendável considerar a suplementação de creatina para atingir os níveis saudáveis. Especialmente se tiver necessidade de crescimento muscular. Lembra da sarcopenia que eu falei do lipedema? Esse problema também afeta os idosos e diversas outras condições médicas. Portanto, garantir a ingestão adequada de creatina é fundamental. Se a carne é tão saudável, por que o mundo está promovendo tanto a alimentação vegetariana? Muitos mitos foram propagados por interesses de vários grupos. Vamos desmascarar algumas das principais fake news sobre a carne vermelha. A produção da carne vermelha tem um impacto ambiental significativo. Inclui emissão de gases de efeito estufa e uso de recursos naturais como a água e a terra. E as dietas plant-based são promovidas como uma maneira de reduzir esse impacto. Mas aqui no canal eu falo sobre a saúde pessoal. Aliás, se você quer melhorar a sua saúde, inscreva-se já. O que ninguém pensa é que essa mudança para uma dieta exclusivamente vegetariana pode criar vários problemas médicos que vão necessitar de intervenções e tratamentos. E esses procedimentos também vão ter um impacto ambiental que ninguém está calculando. Simplesmente ninguém imagina a extensão desse dano. Duvida? Para corrigir a deficiência de vitamina B12, muitos vegetarianos e veganos precisam tomar suplementos diários ou receber injeções regulares de B12. Essas deficiências requerem um monitoramento constante e consultas frequentes com profissionais de saúde. Aumentando aí os recursos médicos. Pensou que era fácil? Na verdade, ser vegano não é para quem quer não, mas sim para quem pode. A fabricação de suplementos de vitamina B12 envolve vários processos industriais que consomem energia e recursos naturais, além de emitir gases efeito estufa. Suplementos e medicamentos precisam ser transportados e embalados de um lugar para outro, o que contribui mais ainda para a pegada do carbono. Injeções regulares geram resíduos médicos como seringas, agulhas, que precisam ser descartados de forma segura, gerando mais lixo e aumentando o impacto ambiental. E olha que eu estou usando só o exemplo de uma deficiência. Outras pessoas escolhem dietas vegetarianas por razões éticas, preocupadas com o bem-estar dos animais criados para o consumo. Mas no final, a mídia e as campanhas de marketing têm promovido fortemente essas dietas vegetarianas como opções mais saudáveis e sustentáveis, ignorando e distorcendo os reais benefícios nutricionais da carne. Para você que ficou aqui conosco, eu vou dar de presente um ebook com receitas de carnes vermelhas para você não ficar repetindo sempre a mesma coisa. Entre no link lá embaixo e se inscreva no canal para não perder os próximos presentes. Agora, aqui estão algumas dicas práticas para você incluir a carne vermelha na sua dieta de forma equilibrada e saudável. Mantenha as porções de carne vermelha entre 85 e 120 gramas por refeição, aproximadamente o tamanho de uma palma da mão. Isso ajuda a evitar o consumo excessivo de calorias e gorduras, e inclua também outras fontes de proteína ao longo da semana como frango, peixe, ovos, leguminosas como feijão, lentilha e tofu. Garantir uma ingestão variada de nutrientes evita a monotonia alimentar. Utilize métodos de cozimento como grelhar, assar, cozinhar ou vapor, ou refogar ao invés de fritar. Esses métodos reduzem a adição de gorduras e mantêm os nutrientes da carne. Tempere a carne com ervas frescas, alho, cebola, pimenta, limão, azeite de oliva, em vez dos molhos industrializados e ricos em sódio. Isso vai realçar o sabor da carne sem adicionar calorias extras ou sódio em excesso. A carne é uma das principais fontes de creatina na alimentação, como eu disse. Ela não só previne muitas doenças, mas também melhora vários aspectos da circulação. Quer saber exatamente como isso funciona? Se você assistir o próximo vídeo, vai descobrir segredos surpreendentes sobre como a creatina, que é o suplemento mais estudado no mundo, pode melhorar a circulação sanguínea, aumentar sua energia e também acelerar a sua recuperação muscular. Não perca essa oportunidade de transformar a sua saúde para melhor!Carne Vermelha vs. Carne Processada
Primeiramente, é essencial distinguir entre carne vermelha não processada e carne processada. A carne vermelha não processada refere-se à carne fresca, que não passou por processos de conservação ou saborização, como filé mignon, alcatra, patinho, maminha e picanha. Essas carnes são ricas em proteínas e nutrientes sem aditivos químicos.
Por outro lado, a carne processada, como salsichas, bacon, presunto e salame, passa por processos industriais que alteram sua composição original. Esses produtos contêm conservantes como nitratos e nitritos, que estão associados a um aumento de risco de várias doenças crônicas, incluindo câncer colorretal e doenças cardiovasculares.
Benefícios da Carne Vermelha
A carne vermelha não processada, quando consumida com moderação, pode ser uma aliada poderosa para a saúde. Estudos revelam que substituir carboidratos por carne vermelha pode reduzir marcadores inflamatórios e não há evidência significativa de associação entre o consumo de carne vermelha não processada e a mortalidade por doenças cardiovasculares. Dietas que incluem carne vermelha não processada de forma equilibrada não têm efeito adverso significativo sobre os fatores de risco cardiovascular e podem ajudar na manutenção de peso após perda significativa.
Além disso, a carne vermelha é uma excelente fonte de proteínas de alta qualidade, essenciais para o crescimento e manutenção dos tecidos corporais. Ela contém todos os aminoácidos essenciais que o nosso corpo não consegue produzir por conta própria. A carne vermelha é rica em nutrientes vitais como creatina, carnitina, vitamina B12, vitamina B6, niacina e minerais como ferro, zinco e selênio, que são difíceis de encontrar em outros alimentos.
Combate às Fake News
A mídia tradicional tem promovido dietas vegetarianas e plant-based como mais saudáveis e sustentáveis, ignorando os benefícios nutricionais da carne vermelha. Muitas vezes, essa promoção é impulsionada por interesses de vários grupos. No entanto, a carne vermelha é crucial para a saúde pessoal, especialmente para pessoas com condições como lipedema, sarcopenia e anemia.
Pessoas com lipedema, por exemplo, frequentemente apresentam perda de musculatura e necessitam de fontes de proteína para recuperar esses músculos. A carne vermelha fornece proteínas e nutrientes necessários para essa recuperação, além de ajudar no controle da inflamação e na manutenção da saúde geral.
Conclusão
Consumir carne vermelha de forma equilibrada pode trazer inúmeros benefícios para a saúde, desmistificando os mitos propagados pela mídia. É essencial que as pessoas estejam bem informadas e façam escolhas alimentares baseadas em fatos científicos e não em informações distorcidas.
O post O Mito da Carne Vermelha: Fatos e Fábulas sobre a Saúde apareceu primeiro em Vascular.pro.